A questão da Petrobrás, que deixou de pagar R$ 4 bi em impostos tornou-se um conflito de interesses políticos entre a base governista e a oposição. Há uma imensa discussão a respeito de quantas cadeiras cada partido deve ou não ocupar no CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito).
O problema é que o número de cadeiras ocupadas pelo partido deve ser proporcional ao número de parlamentares. A grande questão surge com a afirmação da oposição, diga-se DEM e PSDB, de que, quando os senadores foram diplomados, havia mais parlamentares da oposição do que hoje. O conflito existe, pois a base aliada do governo afirma que deve-se levar em consideração o número atual de parlamentares.
Ademais, o PSDB clama pela presidência da CPI, ameaçando obstruir as votações no plenário, como forma de protesto. Arthur Virgílio (AM), líder do PSDB no Senado, faz uma crítica ao envolvimento de movimentos sociais e sindicais, afirmando que "o PT convocou a velha e cansada CUT para tentar fazer uma manobra fascista, querendo mostrar que o meu partido é contra a Petrobrás. Querem jogar o PSDB contra a opinião pública, mas nós somos os verdadeiros defensores da Petrobrás". O ponto é que parte destes movimentos é contra a CPI.
O embate deve continuar até semana que vem, data em que o presidente Lula retornará de sua viagem aos Emirados Árabes, China e Turquia. O presidente deve se reunir com os líderes da base governista para indicar os senadores que integrarão a Comissão Parlamentar de Inquérito. Segundo Romero Jucá (PMDB – RR), líder do governo no Senado, “o presidente está viajando, mas tem a preocupação de que a Petrobrás não seja atingida. É preciso investigar, mas sem expor a empresa. Os líderes têm autonomia para indicar os membros da CPI, mas eu entendo que os líderes só devem ter esses nomes na próxima semana".
É importante mencionar que outro argumento para a criação desta CPI é a Operação Águas Profundas, da Polícia Federal e que voltou hoje a aparecer nos jornais. Para entender melhor esta operação basta clicar na imagem abaixo:
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