Nesta quarta-feira, última do mês de agosto, o Comitê de Política Monetária optou por reduzir a taxa SELIC em 0,5%, representando o primeiro corte desde o início do governo Dilma.
Ainda hoje, deparei-me com diversas críticas sobre a decisão tomada, no sentido de uma grande preocupação com as pressões inflacionárias e de a decisão ter sido mais política do que racional. Apesar das críticas, política ou não, concordo e aprovo a redução.
O mercado foi tomado de surpresa, vez que esperava um corte de 0,25% (cujas estimativas já estavam sendo revisadas para baixo), quando na verdade sobreveio um corte além do esperado.
É fato que a decisão eminentemente política é extremamente prejudicial para o sistema como um todo, pois, ao menos à princípio, o Banco Central deveria ser independente. Não é este o caso, ele é autônomo. Há uma diferença sutil, mas de grande relevância. Não é objeto deste editorial, contudo, discorrer sobre as características do Banco Central, mas sim sobre a decisão tomada pelo COPOM nesta quarta-feira e seus possíveis impactos na economia.
Realmente, nos últimos meses a inflação esteve no cerne das discussões, assunto diário na vida dos economistas e administradores. Não é para menos, pois a inflação tem impactos diretos em decisões de investimentos e pode gerar incertezas futuras.
No último ano, puxada por um aumento desenfreado dos gastos públicos, decorrentes, principalmente, de ano eleitoral, além do farto crédito e alto nível de emprego, as pressões inflacionárias eram um tema de alarme para os economistas, vez que o IPCA, índice usado pelo governo para o controle de metas de inflação, superou a meta estabelecida, cujo limite superior foi fixado em 6,5% para os últimos 12 meses acumulados. No entanto, nos últimos meses, a inflação tem apresentado uma tendência de desaceleração, não obstante o último índice do IGPM divulgado ter apresentado ligeira alta. Isto está atrelado a uma diminuição dos preços das commodities no mercado internacional e à crise externa, como se verá mais adiante.
Grande parte dos motivos que embasaram o referido corte advém da crise e nos prováveis impactos que terá no Brasil. Ora, incontestável que as grandes economias mundiais têm passado por dificuldades, que certamente resultarão numa diminuição do crescimento econômico mundial nos próximos anos, podendo, inclusive, haver algumas recessões em determinadas nações, o que agravaria ainda mais o quadro externo. O grande endividamento das nações européias e as dúvidas quanto à capacidade de honrarem suas obrigações deixa os investidores em estado de alerta e receosos quanto aos investimentos que farão.
Assim, pode-se dizer que, nos próximos anos, haverá uma queda no consumo mundial o que, data venia, acredito terá seus impactos em nossa economia. Isto, pois, os Estados Unidos e a Europa são os maiores compradores de produtos brasileiros, excluída a China da equação. Uma queda no consumo tem impacto direto na indústria brasileira e nos grandes produtores de commodities. Ou seja, a crise certamente terá impactos no Brasil, mais profundos do que muitos economistas imaginam.
Outro ponto relevante para o presente debate é a questão “CHINA”. A China já é a segunda economia mundial e o maior importador de commodities brasileiras. Nos últimos tempos, a China tem apresentado um quadro preocupante, com um descontrole da inflação (que supera a casa dos 6% ao mês) e tem apresentado uma tendência de desaceleração em seu crescimento. Boa parte destes fatores é decorrente dos fortes e maciços investimentos em infraestrutura e produção na última década. Porém, a China é um dos, senão o maior, parceiro comercial do Brasil. Após o discorrido, fica patente minha preocupação, vez que uma desaceleração do crescimento chinês representa uma diminuição no comércio bilateral dos dois países.
Por outro lado, a queda na produção dos países desenvolvidos e China tem gerado uma queda nos preços das commodities, o que significa uma queda nos preços dos produtos à elas relacionados, contribuindo, também, para uma diminuição das pressões inflacionárias.
Tais, fatores, somados a outros, poderão representar um grande impacto na Balança Comercial brasileira, o que é um ponto a ser levado em consideração.
O leitor pode estar se perguntando neste momento: Ok, mas qual é a relação disto com a inflação e a decisão do COPOM?
Ora, uma das grandes preocupações e motivo de diversas críticas do empresariado brasileiro são as altas taxas de juros. Sabe-se que os elevados juros tornam investimentos em produção menos atrativos que investimentos de caráter puramente financeiro, o que é péssimo para a indústria e para a geração de emprego como um todo. Ademais, como se viu anteriormente, a crise mundial certamente terá impactos na indústria nacional. Assim, medidas como o Plano Brasil Maior (embora haja dúvidas quanto à sua eficácia) e redução da taxa de juros, representam um forte incentivo à indústria nacional, que investirá mais, se tornará mais competitiva, gerará mais renda e empregos, caso medidas deste tipo continuem a serem tomadas (novos planos de incentivos e redução gradual da taxa de juros).
Por outro lado, a SELIC serve de baliza para as demais taxas de juros praticadas no mercado. Assim, uma redução de SELIC, consequentemente, resultaria em uma redução das demais taxas praticadas, o que tornaria o crédito mais acessível e reduziria o inadimplemento.
Atualmente, o que move o Brasil é seu mercado interno, mais que o externo. O povo brasileiro está mais rico e gastando cada vez mais. Porém, seu nível de endividamento está subindo às alturas, o que poderá gerar uma bolha de crédito. Neste diapasão, novamente, mais do que bem vindo um corte dos juros.
Menos falado, mas não menos importante, é o impacto da taxa de juros na dívida pública e no câmbio. Aqui é onde tudo se relaciona. O Real valorizado (Dólar depreciado) gera um grande impacto na Balança Comercial e desincentiva o empresariado brasileiro a exportar mais, dado que seu produto perde competitividade, por se tornar mais caro no exterior. A flutuação do Real, por sua vez, está intimamente ligada à quantidade de dólares que entram e saem do pais. Assim, numa análise bem simplista, quanto mais dólares entrar, mais o Real se apreciará. Não quero dizer que capitais estrangeiros não são bem vindos, eles são. Mas é importante notar que há, basicamente, dois tipos de capitais, o especulativo e o que vem em forma de FDI (Foreign Direct Investment) ou investimento estrangeiro direto. Este último significa investimento em produção, em indústria e serviços, enquanto o primeiro pode ter efeitos mais nocivos em nossa economia.
O câmbio também é diretamente influenciado pelo nível de reservas brasileiras. Quanto maior o “colchão” ou nível de reservas, mais seguro o Brasil estará diante de adversidades, o que atrai investimentos para o Brasil. O sistema, porém é perverso, vez que os altos juros brasileiros oneram demais os cofres públicos. Explico! O Brasil capta dinheiro à taxa SELIC e aplica às taxas praticadas no mercado internacional, bem mais baixas. Assim, este spread tem um forte impacto nas contas públicas brasileiras. Desta feita, uma redução de SELIC, reduziria este spread, o que traz um impacto fiscal positivo.
Por fim, há a questão fiscal. Em seu primeiro ano de mandato, a presidente Dilma estabeleceu a meta de corte de R$ 50 bi e, mais recentemente, ampliou esta meta em R$ 10 bi. É uma medida ousada e necessária para que o Brasil se desenvolva sustentavelmente. A questão é se estas metas serão efetivamente cumpridas...
Diante do exposto, percebe-se que as pressões inflacionárias tem diminuído nos últimos meses e que uma redução dos juros podem ajudar a conter os efeitos da crise internacional no Brasil, aumentar os investimentos produtivos, equilibrar o câmbio e a atingir as metas fiscais.
Conclui-se portanto, que independentemente de ser motivada por questões políticas ou não, a medida foi bem vinda. O Brasil deve buscar sempre o rumo do progresso e desenvolvimento. Para isto, não pode deixar passar as oportunidades que lhe batem à porta. Os fatores externos, aliados aos internos, geram o clima propício para o início de um ciclo de reduções na taxa SELIC, que não deve ser, portanto, desprezado.
Nota de Rodapé: A meta de inflação é um instrumento de grande importância para a economia brasileira. Porém, não se pode perder a visão do todo e tem que ser buscado o desenvolvimento econômico. As oportunidades estão presentes hoje e podem não estar amanhã. "Estourar" um pouco a meta pode não ser tão prejudicial assim, à luz do que está em jogo. Obviamente, não podemos perder os limites e fazer da política econômica uma "farra dos bois". Inflação preocupa e deve ser acompanhada, e de perto.
quinta-feira, 1 de setembro de 2011
quarta-feira, 31 de agosto de 2011
FRASE DO DIA
Estava lendo sobre política e economia e li uma frase sensacional, referindo-se ao corte de gastos públicos que a Presidente Dilma pretende fazer. Segue abaixo, para reflexão!!
"Corte de gastos é omelete e não se faz sem quebrar ovos".
"Corte de gastos é omelete e não se faz sem quebrar ovos".
segunda-feira, 16 de agosto de 2010
Desenvolvimento brasileiro
Recebi, recentemente, um e-mail com uma pergunta que despertou meu interesse, por ser um tema que deve ser cuidadosamente analisado e muito importante para o desenvolvimento de nossa nação. Como achei bastante interessante, resolvi compartilhar com vocês este constante debate.
APESAR DE TANTA EUFORIA COM RELAÇÃO AO FUTURO DO BRASIL QUAIS SÃO OS OBSTÁCULOS QUE O PAÍS PRECISA ENFRENTAR PARA QUE DE FATO SEJA UMA POTÊNCIA ECONÔMICA MUNDIAL NOS PRÓXIMOS 10 ANOS?
É bem verdade que 2008 foi um ano bastante complicado para a economia mundial, em decorrência da crise financeira, escassez de crédito e falta de confiabilidade no sistema financeiro. O Brasil, contudo, apresentou uma economia sólida e preparada para enfrentar a crise, o que fez com que fossemos um dos últimos países a ser afetados por ela e um dos primeiros a sair. Assim, em 2008, muitos investidores estrangeiros cancelaram seus investimentos, por simples e puro "medo" do que poderia acontecer com a economia.
Porém, com a rápida resposta do Brasil às adversidades enfrentadas, rapidamente angariamos o tão sonhado "Investment Grade", ou Grau de Investimento. E o mais impressionante, isto tudo aconteceu num período de crise, no qual grande parte das nações desenvolvidas perdiam um pouco de sua credibilidade. Isto, aliado às altas taxas de juros brasileiras fez com que vários investidores estrangeiros investissem no Brasil, o que contribuiu para a queda do câmbio (Real cada vez mais apreciado). Entretanto, este é o chamado "capital especulativo", que é aquele que entra e sai facilmente. Os investimentos "de qualidade" são os chamados "foreign direct investments" ou FDI (investimento direto estrangeiro), que são investimentos que vêm para ficar, no qual os recursos são aplicados na indústria e empresas brasileiras.
Acredito que o Brasil está no caminho certo para atingir a qualidade de potência mundial nos próximos anos, mas ainda são necessários diversos investimentos e reformas. Esta é uma questão que vale a pena ser acompanhada nos debates políticos para as próximas eleições, em outubro.
Na minha opinião, o Brasil deve investir urgentemente em infra-estrutura. É inconcebível que uma nação como o Brasil utilize, prioritariamente, o modal de transporte rodoviário de cargas. Sabe-se que há muitos meios melhores, mais eficientes, como o ferroviário, por exemplo (que quase não é explorado no Brasil, mas é muito forte nos países desenvolvidos). Ademais, necessitamos de reformas estruturais, como a reforma política, previdênciária e tributária, dentre algumas outras.
Outro ponto extremamente importante é a questão educacional. Mais investimentos devem ser feitos nesta área. O Brasil investe uma quantidade de recursos razoável, porém este dinheiro é mal aplicado. Isto precisa ser revisto, pois o crescimento sustentável de uma nação depende de um alto grau de escolaridade de sua população. Quanto maior o nível escolar, menor a desigualdade social, melhor a qualidade de vida e maiores os salários, maior a taxa de poupança etc..
Enfim, o Brasil está atravessando uma ótima fase, embalado principalmente pelo crescimento da China, que é um grande importador de produtos brasileiros. Precisamos, no entanto, tomar cuidado para não ficarmos excessivamente dependente da China e da exportação de commodities. Devemos buscar o desenvolvimento e modernização do nosso parque industrial e desenvolver outras áreas com forte potencial, como exemplo, o turismo que tem um potencial monstruoso no Brasil.
APESAR DE TANTA EUFORIA COM RELAÇÃO AO FUTURO DO BRASIL QUAIS SÃO OS OBSTÁCULOS QUE O PAÍS PRECISA ENFRENTAR PARA QUE DE FATO SEJA UMA POTÊNCIA ECONÔMICA MUNDIAL NOS PRÓXIMOS 10 ANOS?
É bem verdade que 2008 foi um ano bastante complicado para a economia mundial, em decorrência da crise financeira, escassez de crédito e falta de confiabilidade no sistema financeiro. O Brasil, contudo, apresentou uma economia sólida e preparada para enfrentar a crise, o que fez com que fossemos um dos últimos países a ser afetados por ela e um dos primeiros a sair. Assim, em 2008, muitos investidores estrangeiros cancelaram seus investimentos, por simples e puro "medo" do que poderia acontecer com a economia.
Porém, com a rápida resposta do Brasil às adversidades enfrentadas, rapidamente angariamos o tão sonhado "Investment Grade", ou Grau de Investimento. E o mais impressionante, isto tudo aconteceu num período de crise, no qual grande parte das nações desenvolvidas perdiam um pouco de sua credibilidade. Isto, aliado às altas taxas de juros brasileiras fez com que vários investidores estrangeiros investissem no Brasil, o que contribuiu para a queda do câmbio (Real cada vez mais apreciado). Entretanto, este é o chamado "capital especulativo", que é aquele que entra e sai facilmente. Os investimentos "de qualidade" são os chamados "foreign direct investments" ou FDI (investimento direto estrangeiro), que são investimentos que vêm para ficar, no qual os recursos são aplicados na indústria e empresas brasileiras.
Acredito que o Brasil está no caminho certo para atingir a qualidade de potência mundial nos próximos anos, mas ainda são necessários diversos investimentos e reformas. Esta é uma questão que vale a pena ser acompanhada nos debates políticos para as próximas eleições, em outubro.
Na minha opinião, o Brasil deve investir urgentemente em infra-estrutura. É inconcebível que uma nação como o Brasil utilize, prioritariamente, o modal de transporte rodoviário de cargas. Sabe-se que há muitos meios melhores, mais eficientes, como o ferroviário, por exemplo (que quase não é explorado no Brasil, mas é muito forte nos países desenvolvidos). Ademais, necessitamos de reformas estruturais, como a reforma política, previdênciária e tributária, dentre algumas outras.
Outro ponto extremamente importante é a questão educacional. Mais investimentos devem ser feitos nesta área. O Brasil investe uma quantidade de recursos razoável, porém este dinheiro é mal aplicado. Isto precisa ser revisto, pois o crescimento sustentável de uma nação depende de um alto grau de escolaridade de sua população. Quanto maior o nível escolar, menor a desigualdade social, melhor a qualidade de vida e maiores os salários, maior a taxa de poupança etc..
Enfim, o Brasil está atravessando uma ótima fase, embalado principalmente pelo crescimento da China, que é um grande importador de produtos brasileiros. Precisamos, no entanto, tomar cuidado para não ficarmos excessivamente dependente da China e da exportação de commodities. Devemos buscar o desenvolvimento e modernização do nosso parque industrial e desenvolver outras áreas com forte potencial, como exemplo, o turismo que tem um potencial monstruoso no Brasil.
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quarta-feira, 7 de julho de 2010
A Copa e a inflação
Estava lendo as noticias hoje e me deparei com uma nota do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, dizendo que a Copa do Mundo foi a principal responsável pela estabilidade do IPCA (índice divulgado pelo IBGE que mede a inflação no período) no mês de junho.
Isto, pois as pessoas direcionam seu consumo para produtos relacionados ao evento, tais como camisetas e vuvuzelas, deixando os demais produtos de lado. Como o consumo destes outros produtos é menor, os preços tendem a cair, para chamar os consumidores.
Segundo Eulina Nunes dos Santos, coordenadora de índices de preços do IBGE, "em período de Copa, os brasileiros, que são muito apaixonados por futebol, deslocam o consumo para produtos que têm relação com a Copa, como camisas temáticas e vuvuzelas. Parte do orçamento e das atenções se voltam para esses produtos, reduzindo a demanda por outros, como alimentos e automóveis, o que leva a promoções no comércio e a queda de preços".
Isto, pois as pessoas direcionam seu consumo para produtos relacionados ao evento, tais como camisetas e vuvuzelas, deixando os demais produtos de lado. Como o consumo destes outros produtos é menor, os preços tendem a cair, para chamar os consumidores.
Segundo Eulina Nunes dos Santos, coordenadora de índices de preços do IBGE, "em período de Copa, os brasileiros, que são muito apaixonados por futebol, deslocam o consumo para produtos que têm relação com a Copa, como camisas temáticas e vuvuzelas. Parte do orçamento e das atenções se voltam para esses produtos, reduzindo a demanda por outros, como alimentos e automóveis, o que leva a promoções no comércio e a queda de preços".
E o Blog Voltou...
Prezados,
Gostaria de pedir desculpas pelo longo intervalo sem postagens. Hoje estou retomando minhas atividades com o blog e já trago notícias e informações fresquinhas para vocês!
Bom divertimento,
Um abraço,
Lucas Brancati.
Gostaria de pedir desculpas pelo longo intervalo sem postagens. Hoje estou retomando minhas atividades com o blog e já trago notícias e informações fresquinhas para vocês!
Bom divertimento,
Um abraço,
Lucas Brancati.
quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010
Novas Cédulas!!!!
O presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, e o ministro da Fazenda, Guido Mantega, mostraram nesta quarta-feira as novas cédulas do real. Segundo eles, as mudanças foram feitas para evitar fraudes e o intuito foi deixar as notas o mais parecidas possível com as atuais. As novas notas continuam de papel.
As novas cédulas terão tamanhos diferentes. A menor será a de R$ 2 e terá 12,1 cm de largura por 6,5 cm de altura. As notas serão maiores conforme o valor de face, chegando até a de R$ 100, que terá 15,6 cm de largura por 7 cm de altura.
As primeiras a serem lançadas, ainda este ano, serão as de R$ 50 e R$ 100, porque, segundo o governo, são mais suscetíveis à falsificação. As cédulas de R$ 10 e R$ 20 serão lançadas no 1º semestre de 2011. A previsão é que todas as novas cédulas estejam em circulação em um período de dois anos. As cédulas já existentes continuarão valendo até a substituição integral.
Meirelles destacou que a troca das notas, sem que um novo padrão de moeda esteja sendo introduzido como ocorreu várias vezes no passado, é um sinal importante da estabilização da economia.
"Desta vez no Brasil a mudança na família de moedas veio dentro de um critério de continuidade, de estabilização, e não de uma mudança no padrão da moeda. Isso é muito importante", disse.
"Outro dado da maior importância é que, como consequência da estabilização da economia brasileira, o real cada vez mais começa a ser uma reserva de valor e passa a ser absolutamente natural que uma parcela da população comece a pensar em manter moeda física em casa."
As novas cédulas terão tamanhos diferentes. A menor será a de R$ 2 e terá 12,1 cm de largura por 6,5 cm de altura. As notas serão maiores conforme o valor de face, chegando até a de R$ 100, que terá 15,6 cm de largura por 7 cm de altura.
As primeiras a serem lançadas, ainda este ano, serão as de R$ 50 e R$ 100, porque, segundo o governo, são mais suscetíveis à falsificação. As cédulas de R$ 10 e R$ 20 serão lançadas no 1º semestre de 2011. A previsão é que todas as novas cédulas estejam em circulação em um período de dois anos. As cédulas já existentes continuarão valendo até a substituição integral.
Meirelles destacou que a troca das notas, sem que um novo padrão de moeda esteja sendo introduzido como ocorreu várias vezes no passado, é um sinal importante da estabilização da economia.
"Desta vez no Brasil a mudança na família de moedas veio dentro de um critério de continuidade, de estabilização, e não de uma mudança no padrão da moeda. Isso é muito importante", disse.
"Outro dado da maior importância é que, como consequência da estabilização da economia brasileira, o real cada vez mais começa a ser uma reserva de valor e passa a ser absolutamente natural que uma parcela da população comece a pensar em manter moeda física em casa."
segunda-feira, 18 de janeiro de 2010
A ciranda da economia
O mundo está se aquecendo de novo e isto não é diferente com a China. Este país, de porte continental, é o maior expoente entre os países emergentes e um dos maiores consumidores de commodities (produtos que não sofreram nenhum beneficiamento e não são diferenciados) do mundo.
Hoje observamos um aumento generalizado dos valores destas commodities e isso têm impactos no Brasil. Nosso país é conhecido por grande parte de suas exportações serem produtos agrícolas ou materiais brutos, como minério de ferro, por exemplo.
Com o aumento dos preços das commodities no mercado internacional, o Brasil recebe mais pelos seus produtos e isto tem um impacto na balança comercial, que é a diferença das exportações com as importações. Pode-se dizer que durante algum tempo o Dólar serviu como barreira para impedir que o preço destes produtos se elevassem no mercado interno. No entanto, a realidade hoje é outra, e observamos sim um aumento nestes preços. Isso é preocupante, pois pode gerar a tão atemorizante inflação, que nada mais é do que o aumento dos preços na economia.
O perigo é que se os analistas de economia julgarem que há um risco de inflação, o Banco Central pode voltar a subir os juros (taxa SELIC), o que reduz os investimentos em produção, mas torna os títulos brasileiros mais interessantes para os investidores no mercado financeiro. E vale lembrar, apenas, que estes movimentos têm lá seus impactos na taxa de câmbio.
Hoje observamos um aumento generalizado dos valores destas commodities e isso têm impactos no Brasil. Nosso país é conhecido por grande parte de suas exportações serem produtos agrícolas ou materiais brutos, como minério de ferro, por exemplo.
Com o aumento dos preços das commodities no mercado internacional, o Brasil recebe mais pelos seus produtos e isto tem um impacto na balança comercial, que é a diferença das exportações com as importações. Pode-se dizer que durante algum tempo o Dólar serviu como barreira para impedir que o preço destes produtos se elevassem no mercado interno. No entanto, a realidade hoje é outra, e observamos sim um aumento nestes preços. Isso é preocupante, pois pode gerar a tão atemorizante inflação, que nada mais é do que o aumento dos preços na economia.
O perigo é que se os analistas de economia julgarem que há um risco de inflação, o Banco Central pode voltar a subir os juros (taxa SELIC), o que reduz os investimentos em produção, mas torna os títulos brasileiros mais interessantes para os investidores no mercado financeiro. E vale lembrar, apenas, que estes movimentos têm lá seus impactos na taxa de câmbio.
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segunda-feira, 11 de janeiro de 2010
ORÇAMENTO FAMILIAR
Hoje vou dar uma dica para as donas de casa que desejam controlar melhor o seu dinheiro, vou falar sobre o ORÇAMENTO FAMILIAR!!!
O orçamento familiar é uma ferramenta importante para o planejamento e permite identificar aonde ocorrem os desperdícios e como economizar. E o melhor de tudo é que não é difícil de fazer:
1) O primeiro passo é montar uma pequena planilha com pelo menos duas colunas: uma identificando as receitas da família e outra as despesas;
2) Assim, o segundo passo é identificar todas as receitas da família no mês;
3) Em seguida, é preciso elencar as despesas essenciais, isto é, todas as despesas que não podem ser cortadas (ex: energia elétrica, remédios etc.);
4) A próxima tarefa é calcular o saldo que são as receitas menos as despesas (receitas – despesas):
a. Se o saldo for positivo, você está indo bem e tem dinheiro sobrando no final do mês, podendo gastar com algo que não seja essencial ou até mesmo aplicar o dinheiro para receber rendimentos;
b. Por outro lado, se o saldo é negativo, você precisa repensar as suas despesas. Uma vez colocado no papel tudo aquilo que você considera essencial para o seu dia-a-dia, torna-se fácil identificar o que é supérfluo e que pode ser cortado. Se nada puder ser cortado, será necessário novas fonte de receitas mensais.
5) E o orçamento familiar não pára por aí... deve-se projetar as receitas e despesas para os meses futuros, para facilitar o planejamento e para que a família saiba os seus limites de gastos.
Qualquer dúvida, podem entrar em contato comigo pelo lucas.brancati@gmail.com
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terça-feira, 5 de janeiro de 2010
A crise e seus impactos nas exportações brasileiras
Já é comum o conhecimento que a crise teve seus impactos no comercio internacional, pois houve uma desaceleração da economia mundial. O que não é muito explorado são os impactos que isto tem no Brasil.
A Balança Comercial é o resultado da diferença entre as exportações e as importações. É possível dizer que a crise afetou o saldo desta Balança. Como? Ora, se o comercio mundial foi reduzido pelo desaquecimento da economia no ano passado, logicamente as exportações brasileiras diminuiram. Foi, recentemente, divulgado que as exportações apresentaram, em 2009, o maior recuo desde 1950.
Há um outro fator de peso que influencia a ação dos empresários: o câmbio. Com o Dólar baixo ou o Real valorizado (tanto faz, pois dá na mesma), os produtos brasileiros ficam menos competitivos internacionalmente, o que faz com que os empresários optem por vendê-los no Mercado interno ou diminuam sua produção.
Mas o cenário econômico mundial tem melhorado e o Brasil já está “fora da crise”, tendo a frente um futuro promissor. O que preocupa mesmo é a composição das exportações brasileiras. Houve uma queda nas exportações de produtos manufaturados (que são aqueles produzidos na indústria, que passaram por um beneficiamento) e um aumento na venda de commodities (que são produtos sem beneficiamento, tal como a soja, minerio de ferro etc.).
Na minha opinião, para que o Brasil se consolide como uma potência mundial (que é o que se espera no futuro) devem ser tomadas diversas medidas, algumas políticas (como reformas e investimento em infra-estrutura) e algumas estruturais, no sentido de investir mais em tecnologia , em pesquisa e nas indústrias brasileiras, fortalecendo-as.
A Balança Comercial é o resultado da diferença entre as exportações e as importações. É possível dizer que a crise afetou o saldo desta Balança. Como? Ora, se o comercio mundial foi reduzido pelo desaquecimento da economia no ano passado, logicamente as exportações brasileiras diminuiram. Foi, recentemente, divulgado que as exportações apresentaram, em 2009, o maior recuo desde 1950.
Há um outro fator de peso que influencia a ação dos empresários: o câmbio. Com o Dólar baixo ou o Real valorizado (tanto faz, pois dá na mesma), os produtos brasileiros ficam menos competitivos internacionalmente, o que faz com que os empresários optem por vendê-los no Mercado interno ou diminuam sua produção.
Mas o cenário econômico mundial tem melhorado e o Brasil já está “fora da crise”, tendo a frente um futuro promissor. O que preocupa mesmo é a composição das exportações brasileiras. Houve uma queda nas exportações de produtos manufaturados (que são aqueles produzidos na indústria, que passaram por um beneficiamento) e um aumento na venda de commodities (que são produtos sem beneficiamento, tal como a soja, minerio de ferro etc.).
Na minha opinião, para que o Brasil se consolide como uma potência mundial (que é o que se espera no futuro) devem ser tomadas diversas medidas, algumas políticas (como reformas e investimento em infra-estrutura) e algumas estruturais, no sentido de investir mais em tecnologia , em pesquisa e nas indústrias brasileiras, fortalecendo-as.
segunda-feira, 4 de janeiro de 2010
FELIZ ANO NOVO!!!
Mais um ano que passa, outro ano que começa! 2010 é um ano de grandes acontecimentos e de grandes expectativas: é ano de copa do mundo e é ano de eleições. Uma nova década começa e o Brasil apresenta uma política económica sólida para consolidar sua importância no mercado internacional.
Aproveito para deixar a todos os meus votos de um feliz ano novo, repleto de alegrias, realizações e muita paz, amor e saúde!
FELIZ 2010!!
Aproveito para deixar a todos os meus votos de um feliz ano novo, repleto de alegrias, realizações e muita paz, amor e saúde!
FELIZ 2010!!
quarta-feira, 23 de dezembro de 2009
sexta-feira, 18 de dezembro de 2009
Retrospectiva 2009
Fazendo uma retrospectiva e uma análise do cenário econômico brasileiro no ano de 2009, podemos dizer que o Brasil passou por transformações. Transformações? Sim, transformações...
Quando a crise começou nos EUA, acreditávamos que o Brasil não seria atingido (ao menos essa era a expectativa de grande parte dos economistas). Porém, quando a crise chegou, o Presidente Lula afirmou que se tratava de uma “marolinha”, declaração que gerou grande polêmica... isto porque não foi bem uma marolinha, mas um “pequeno tsunami”!
Como sabemos, a crise se agravou no final de 2008 e se estendeu até meados de 2009 (mais ou menos até março/ abril). Os principais impactos na nossa economia foram o congelamento do crédito (tanto para pessoas físicas quanto jurídicas), férias coletivas, queda no consumo, pânico e até recessão técnica (caracterizada por duas quedas consecutivas no PIB - Produto Interno Bruto – que é tudo aquilo que é produzido no país no período de um ano).
Hoje, olhando para trás, podemos fazer algumas inferências. É verdade que sofremos impactos e que alguns passaram algumas dificuldades, mas a crise teve um resultado positivo para o Brasil, acreditem se quiser! Na verdade, o ponto positivo foi que o Brasil foi um dos primeiros (senão o primeiro) países a sair da crise, o que demonstra que a política econômica adotada pelo governo é sólida e está no rumo certo. Isto é verificado pela imagem do Brasil que foi construída no exterior e pela confiança dos investidores estrangeiros que têm feito diversas aplicações aqui no Brasil. Há um outro indicador que são as reservas internacionais, que representam um “colchão” no caso de uma emergência. Vale lembrar que devido às volumosas reservas acumuladas, o Brasil deixou de ser devedor no cenário internacional e passou a ser credor.
Obviamente, apesar do cenário favorável, nem tudo é um mar de rosas. Há ainda alguns desafios a serem superados e um deles é o Dólar depreciado ou o Real valorizado, ao menos no curto prazo. O Dólar “baixo”, por assim dizer, encarece os produtos exportados pelo Brasil, tornando-os menos competitivos internacionalmente. Também resulta num aumento das importações, que afeta o mercado interno, pois os produtos estrangeiros entram mais baratos e com maior competitividade. No médio a longo prazo o Dólar “baixo” é aceitável, mas no curto deve ser remediado, para não haver maiores impactos na economia.
Ano que vem, 2010, é um ano importante para a consolidação da economia brasileira e também é um ano eleitoral, o que muitas vezes tem reflexos na economia (vide o exemplo da eleição do Lula em 2002 e o impacto no câmbio – o Dólar praticamente explodiu).
Quando a crise começou nos EUA, acreditávamos que o Brasil não seria atingido (ao menos essa era a expectativa de grande parte dos economistas). Porém, quando a crise chegou, o Presidente Lula afirmou que se tratava de uma “marolinha”, declaração que gerou grande polêmica... isto porque não foi bem uma marolinha, mas um “pequeno tsunami”!
Como sabemos, a crise se agravou no final de 2008 e se estendeu até meados de 2009 (mais ou menos até março/ abril). Os principais impactos na nossa economia foram o congelamento do crédito (tanto para pessoas físicas quanto jurídicas), férias coletivas, queda no consumo, pânico e até recessão técnica (caracterizada por duas quedas consecutivas no PIB - Produto Interno Bruto – que é tudo aquilo que é produzido no país no período de um ano).
Hoje, olhando para trás, podemos fazer algumas inferências. É verdade que sofremos impactos e que alguns passaram algumas dificuldades, mas a crise teve um resultado positivo para o Brasil, acreditem se quiser! Na verdade, o ponto positivo foi que o Brasil foi um dos primeiros (senão o primeiro) países a sair da crise, o que demonstra que a política econômica adotada pelo governo é sólida e está no rumo certo. Isto é verificado pela imagem do Brasil que foi construída no exterior e pela confiança dos investidores estrangeiros que têm feito diversas aplicações aqui no Brasil. Há um outro indicador que são as reservas internacionais, que representam um “colchão” no caso de uma emergência. Vale lembrar que devido às volumosas reservas acumuladas, o Brasil deixou de ser devedor no cenário internacional e passou a ser credor.
Obviamente, apesar do cenário favorável, nem tudo é um mar de rosas. Há ainda alguns desafios a serem superados e um deles é o Dólar depreciado ou o Real valorizado, ao menos no curto prazo. O Dólar “baixo”, por assim dizer, encarece os produtos exportados pelo Brasil, tornando-os menos competitivos internacionalmente. Também resulta num aumento das importações, que afeta o mercado interno, pois os produtos estrangeiros entram mais baratos e com maior competitividade. No médio a longo prazo o Dólar “baixo” é aceitável, mas no curto deve ser remediado, para não haver maiores impactos na economia.
Ano que vem, 2010, é um ano importante para a consolidação da economia brasileira e também é um ano eleitoral, o que muitas vezes tem reflexos na economia (vide o exemplo da eleição do Lula em 2002 e o impacto no câmbio – o Dólar praticamente explodiu).
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quinta-feira, 26 de novembro de 2009
Crise em Dubai!
Uma notícia surpreendeu o mundo hoje e teve forte impacto no mercado financeiro. Foi o pedido de moratória de Dubai (Emirados Árabes Unidos), proveniente da dificuldade de a empresa de investimento estatal Dubai World honrar suas dívidas.
A dívida do país, em 2008, era da ordem de US$ 80 bi (oitenta bilhões de dólares), sendo que aproximadamente US$ 70 bi era dívida de empresas estatais. Estima-se que só a Dubai World devia mais de US$ 59 bi.
"A Dubai World tem a intenção de pedir aos que estão entre os seis credores e aos credores da Najeel (empresa do ramo imobiliário, controlada pela Dubai World) que esperem ao menos até 30 de maio de 2010 para o pagamento de dívidas vencidas", afirmou em um comunicado o Fundo de Apoio Financeiro de Dubai, que vigia os efeitos da crise na economia do emirado.
Em conseqüência do pedido de moratória, o pânico se alastrou no mercado financeiro, ocasionando na queda generalizada das Bolsas. No Brasil, o Ibovespa fechou com queda de 2,25% e o dólar teve valorização, cotado a R$ 1,75, apesar de uma melhora dos dados internos (redução do desemprego, por exemplo).
As agências de classificação de risco, as mesmas que consideraram o Brasil como “grau de investimento”, baixaram as notas de importantes companhias do governo de Dubai, evidência de que o risco de investimentos na região aumentou. O problema é que esta redução foi feita após o pedido de moratória, o que significa dizer que havia certa tranqüilidade em investir nos emirados antes do pedido, pois sua classificação de risco era boa. Isso demonstra claramente que nem sempre as agências acertam em suas avaliações e a necessidade de uma análise apurada dos riscos dos investimentos.
Ocorre que o petróleo é uma fonte de recursos não renováveis e um dia acaba. Assim, os Emirados buscaram apostar no turismo e muitos bancos investiram em suas empresas, contribuindo para o aumento de sua dívida. Assim, com a moratória, houve um aumento do risco de se investir em Dubai e isto resulta num aumento do risco das instituições bancárias investidoras, pois correm o risco de “não receberem o seu rico dinheirinho de volta”.
A dívida do país, em 2008, era da ordem de US$ 80 bi (oitenta bilhões de dólares), sendo que aproximadamente US$ 70 bi era dívida de empresas estatais. Estima-se que só a Dubai World devia mais de US$ 59 bi.
"A Dubai World tem a intenção de pedir aos que estão entre os seis credores e aos credores da Najeel (empresa do ramo imobiliário, controlada pela Dubai World) que esperem ao menos até 30 de maio de 2010 para o pagamento de dívidas vencidas", afirmou em um comunicado o Fundo de Apoio Financeiro de Dubai, que vigia os efeitos da crise na economia do emirado.
Em conseqüência do pedido de moratória, o pânico se alastrou no mercado financeiro, ocasionando na queda generalizada das Bolsas. No Brasil, o Ibovespa fechou com queda de 2,25% e o dólar teve valorização, cotado a R$ 1,75, apesar de uma melhora dos dados internos (redução do desemprego, por exemplo).
As agências de classificação de risco, as mesmas que consideraram o Brasil como “grau de investimento”, baixaram as notas de importantes companhias do governo de Dubai, evidência de que o risco de investimentos na região aumentou. O problema é que esta redução foi feita após o pedido de moratória, o que significa dizer que havia certa tranqüilidade em investir nos emirados antes do pedido, pois sua classificação de risco era boa. Isso demonstra claramente que nem sempre as agências acertam em suas avaliações e a necessidade de uma análise apurada dos riscos dos investimentos.
Ocorre que o petróleo é uma fonte de recursos não renováveis e um dia acaba. Assim, os Emirados buscaram apostar no turismo e muitos bancos investiram em suas empresas, contribuindo para o aumento de sua dívida. Assim, com a moratória, houve um aumento do risco de se investir em Dubai e isto resulta num aumento do risco das instituições bancárias investidoras, pois correm o risco de “não receberem o seu rico dinheirinho de volta”.
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terça-feira, 10 de novembro de 2009
E o Dólar cai, cai e cai...
E o dólar está despencando, mais uma vez... Ontem ele fechou na casa de R$ 1,701, o menor valor desde outubro do ano passado.
Mas o que tem levado o dólar a cair tanto e quais os seus impactos? É bem verdade que o governo tem buscado alternativas para frear está queda, taxando o investimento de capital estrangeiro com o IOF – Imposto de Operações Financeiras. Isto, porém, não tem se mostrado suficiente. O Brasil já saiu da crise e apresenta ótimos indicadores econômicos que, aliados a um otimismo global, gera um grande afluxo de capitais no Brasil.
Assim, o dólar cai e traz reflexos econômicos. Por um lado afeta a balança comercial: não é mais tão vantajoso exportar (produtos brasileiros ficam mais caros e, conseqüentemente, perdem competitividade). Por outro, as importações ficam mais baratas, e pressionam a inflação para baixo.
O governo deverá tomar novas medidas nos próximos dias para conter a valorização desenfreada do Real. Vamos aguardar!!!!
Mas o que tem levado o dólar a cair tanto e quais os seus impactos? É bem verdade que o governo tem buscado alternativas para frear está queda, taxando o investimento de capital estrangeiro com o IOF – Imposto de Operações Financeiras. Isto, porém, não tem se mostrado suficiente. O Brasil já saiu da crise e apresenta ótimos indicadores econômicos que, aliados a um otimismo global, gera um grande afluxo de capitais no Brasil.
Assim, o dólar cai e traz reflexos econômicos. Por um lado afeta a balança comercial: não é mais tão vantajoso exportar (produtos brasileiros ficam mais caros e, conseqüentemente, perdem competitividade). Por outro, as importações ficam mais baratas, e pressionam a inflação para baixo.
O governo deverá tomar novas medidas nos próximos dias para conter a valorização desenfreada do Real. Vamos aguardar!!!!
quarta-feira, 21 de outubro de 2009
12ª Ação Comunitária Azul
Sábado passado, dia 17 de outubro de 2009, aconteceu mais uma edição da Ação Comunitária Azul, que demonstrou mais uma vez ser um verdadeiro sucesso...12 anos de sucesso!
O evento surgiu como uma forma de comemorar o aniversário da Rádio Azul Celeste (AM 1440 Khz), valorizando sua função social ao prestar serviços úteis à comunidade. A Ação é feita em parceria com o SESI e conta todos os anos com a participação de mais de 1.000 voluntários.
Este ano contou com a presença de mais de 18.000 pessoas, segundo estimativas divulgadas pelo SESI. O evento contou, ainda, com a presença de autoridades como o Prefeito de Americana, Diego de Nadai e o Deputado Federal Vanderlei Macris, além de diversos vereadores que compareceram para prestigiar a Ação.
Mais de 90 entidades parceiras apoiaram a Ação, que trouxe algumas novidades, como a presença do Poupatempo, garantindo maior agilidade e qualidade no atendimento à população.
Um dos pontos altos do dia foram os casamentos, nos quais tive a oportunidade de ser padrinho. Foram realizados 83 casamentos com uma cerimônia emocionante... um dia que ficará para sempre marcado na vida dos noivos e familiares.
O dia 17 de outubro foi um dia no qual muitos demonstraram, através do trabalho voluntário, carinho e respeito com a sociedade e com os cidadãos. Ser um voluntário e realizar esse trabalho é muito gratificante, principalmente no momento em que você percebe que está ajudando o próximo.
A Ação Comunitária Azul não seria possível sem a colaboração de todo o pessoal da Rádio Azul Celeste e do SESI. Quem acompanhou os bastidores sabe o quanto todos trabalharam e se esforçaram para garantir o sucesso de mais esta edição do evento. Cabe, merecidamente, os PARABÉNS, com letra maiúscula a todos os voluntários da Rádio e do SESI, sem os quais este dia de prestação de serviço à comunidade não seria possível.
Gostaria de agradecer também aos demais voluntários que nos ajudaram neste dia tão especial. OBRIGADO!
Abaixo, encontra-se um vídeo com uma entrevista que concedi ao apresentador Keller Stocco na TV TodoDia, parceira da Rádio e que foi uma das entidades que apoiaram o evento. Confira!!!
O evento surgiu como uma forma de comemorar o aniversário da Rádio Azul Celeste (AM 1440 Khz), valorizando sua função social ao prestar serviços úteis à comunidade. A Ação é feita em parceria com o SESI e conta todos os anos com a participação de mais de 1.000 voluntários.
Este ano contou com a presença de mais de 18.000 pessoas, segundo estimativas divulgadas pelo SESI. O evento contou, ainda, com a presença de autoridades como o Prefeito de Americana, Diego de Nadai e o Deputado Federal Vanderlei Macris, além de diversos vereadores que compareceram para prestigiar a Ação.
Mais de 90 entidades parceiras apoiaram a Ação, que trouxe algumas novidades, como a presença do Poupatempo, garantindo maior agilidade e qualidade no atendimento à população.
Um dos pontos altos do dia foram os casamentos, nos quais tive a oportunidade de ser padrinho. Foram realizados 83 casamentos com uma cerimônia emocionante... um dia que ficará para sempre marcado na vida dos noivos e familiares.
O dia 17 de outubro foi um dia no qual muitos demonstraram, através do trabalho voluntário, carinho e respeito com a sociedade e com os cidadãos. Ser um voluntário e realizar esse trabalho é muito gratificante, principalmente no momento em que você percebe que está ajudando o próximo.
A Ação Comunitária Azul não seria possível sem a colaboração de todo o pessoal da Rádio Azul Celeste e do SESI. Quem acompanhou os bastidores sabe o quanto todos trabalharam e se esforçaram para garantir o sucesso de mais esta edição do evento. Cabe, merecidamente, os PARABÉNS, com letra maiúscula a todos os voluntários da Rádio e do SESI, sem os quais este dia de prestação de serviço à comunidade não seria possível.
Gostaria de agradecer também aos demais voluntários que nos ajudaram neste dia tão especial. OBRIGADO!
Abaixo, encontra-se um vídeo com uma entrevista que concedi ao apresentador Keller Stocco na TV TodoDia, parceira da Rádio e que foi uma das entidades que apoiaram o evento. Confira!!!
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quinta-feira, 15 de outubro de 2009
Dólar em baixa!
O dólar rompeu, hoje, a barreira dos R$ 1,70, atingindo o menor valor desde setembro de 2008. Tal fato ocorreu por diversos motivos: (i) o Brasil recebeu, em setembro deste ano, a avaliação de grau de investimento pela última das três agências, a Moody’s, o que trouxe uma grande quantidade de investimento externo ao país; (ii) as commodities, que são, basicamente, os produtos não beneficiados e que não são diferenciaveis entre si (exemplo o petróleo) têm apresentado alta; e, finalmente, (iii) uma melhora da situação da economia mundial.
A valorização do Real perante o Dólar tem um grande impacto na economia. Primeiro porque afeta diretamente os exportadores (seus produtos ficam menos competitivos internacionalmente, pois estes recebem em dólar) e segundo porque tem um impacto no mercado interno, pois os importados ficam mais baratos e mais competitivos, representando mais um concorrente para as empresas brasileiras.
A valorização do Real perante o Dólar tem um grande impacto na economia. Primeiro porque afeta diretamente os exportadores (seus produtos ficam menos competitivos internacionalmente, pois estes recebem em dólar) e segundo porque tem um impacto no mercado interno, pois os importados ficam mais baratos e mais competitivos, representando mais um concorrente para as empresas brasileiras.
Uma visita de peso
O presidente dos EUA, Barack Obama, deve visitar o Brasil no fim deste ano ou início de 2010, disse nesta quinta-feira, 15, o embaixador brasileiro em Washington (e futuro secretário-geral do Itamaraty) Antonio Patriota.
segunda-feira, 14 de setembro de 2009
Mercado financeiro, Wall Street e G20
Barack Obama, presidente dos EUA, disse nesta segunda-feira, 14 de setembro de 2009, que já há sinais de comportamentos arriscados em Wall Street, centro financeiro de Nova Yorke dos EUA. Afirmou, ainda, que o governo não ajudará mais o mercado financeiro e cobrou: (i) do Congresso a elaboração de um projeto de lei que regule as atividades financeiras; e (ii) dos bancos uma maior colaboração para a manutenção de todo o sistema.
O presidente lembrou, ainda, os impactos da quebra do Banco Lehman Brothers e reiterou que é necessário aprender com os erros do passado para evoluir. Afirmou, finalmente, que a economia tem apresentado sinais positivos, mas que a recuperação levará tempo.
No dia 24 de setembro acontecerá a nova reunião do G20, extremamente importante, pois um dos assuntos em pauta será o mercado financeiro. E a reunião será polêmica. O presindente da França, Nicolas Sarkozy, ameaçou deixar o encontro, se não houver uma decisão concreta a respeito dos bônus dos banqueiros.
O presidente lembrou, ainda, os impactos da quebra do Banco Lehman Brothers e reiterou que é necessário aprender com os erros do passado para evoluir. Afirmou, finalmente, que a economia tem apresentado sinais positivos, mas que a recuperação levará tempo.
No dia 24 de setembro acontecerá a nova reunião do G20, extremamente importante, pois um dos assuntos em pauta será o mercado financeiro. E a reunião será polêmica. O presindente da França, Nicolas Sarkozy, ameaçou deixar o encontro, se não houver uma decisão concreta a respeito dos bônus dos banqueiros.
quarta-feira, 9 de setembro de 2009
A economia e os gastos públicos
Pode-se afirmar que a economia mundial tem apresentado sinais de recuperação nestas últimas semanas. Não é diferente com o Brasil. Ao que tudo indica, nosso país saíra fortalecido desta crise mundial.
Esta semana saiu um ranking de competitividade, elaborado pelo Fórum Econômico Mundial. O Brasil apresentou excelentes resultados, saltando da 64º colocação para a 56º. Há dois anos, eramos o 72º colocado na lista de 133 países avaliados. Porém nem tudo é um mar de rosas. Segundo o BIRD (Banco Mundial) a burocracia representa uma grande dificuldade para os empresários, tornando o Brasil uma das nações na qual fazer negócios é uma atividade difícil.
Há, no entanto, mais fatores positivos, como uma recuperação do nível de emprego da indústria, que apresentou crescimento no mês de julho. Isso pode significar uma retomada de um dos setores mais afetados pela crise. E o melhor é que este aumento no nível de emprego foi seguido de um aumento no nível de renda (salários).
O grande vilão da história, contudo, são os gastos públicos. Eles não param de crescer, mesmo em um tempo de vacas magras, no qual houve uma diminuição da arrecadação. Vale notar que este aumento de despesas públicas não são investimentos públicos, mas preponderantemente aumento no gasto com funcionalismo e previdência. Essa é uma das grandes críticas à atuação do governo na economia hoje em dia. Ao invés de aumentar o gasto público vamos aumentar o investimento público, com obras de infra-estrutura, melhorando a capacidade energética brasileira, a malha rodoviária e ferroviária etc.
O que o nosso país precisa é de reformas estruturais e de mais seriedade por parte dos políticos, para tomar as decisões que colocarão o Brasil na "roda do crescimento" novamente.
Esta semana saiu um ranking de competitividade, elaborado pelo Fórum Econômico Mundial. O Brasil apresentou excelentes resultados, saltando da 64º colocação para a 56º. Há dois anos, eramos o 72º colocado na lista de 133 países avaliados. Porém nem tudo é um mar de rosas. Segundo o BIRD (Banco Mundial) a burocracia representa uma grande dificuldade para os empresários, tornando o Brasil uma das nações na qual fazer negócios é uma atividade difícil.
Há, no entanto, mais fatores positivos, como uma recuperação do nível de emprego da indústria, que apresentou crescimento no mês de julho. Isso pode significar uma retomada de um dos setores mais afetados pela crise. E o melhor é que este aumento no nível de emprego foi seguido de um aumento no nível de renda (salários).
O grande vilão da história, contudo, são os gastos públicos. Eles não param de crescer, mesmo em um tempo de vacas magras, no qual houve uma diminuição da arrecadação. Vale notar que este aumento de despesas públicas não são investimentos públicos, mas preponderantemente aumento no gasto com funcionalismo e previdência. Essa é uma das grandes críticas à atuação do governo na economia hoje em dia. Ao invés de aumentar o gasto público vamos aumentar o investimento público, com obras de infra-estrutura, melhorando a capacidade energética brasileira, a malha rodoviária e ferroviária etc.
O que o nosso país precisa é de reformas estruturais e de mais seriedade por parte dos políticos, para tomar as decisões que colocarão o Brasil na "roda do crescimento" novamente.
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terça-feira, 1 de setembro de 2009
A Crise Financeira vai mudar os Bancos Centrais
Como tem sido noticiado ultimamente, a economia mundial tem apresentado sinais de recuperação, o que afeta diretamente o ânimo dos mercados. Porém, debaixo do pano ainda existe muita preocupação e confusão, pois ainda não se sabe se a recuperação será consistente ou frágil. Tais fatos têm culminado numa mudança nos papéis dos Bancos Centrais.
Como sabemos, o principal papel dos Bancos Centrais, especialmente o nosso, nas últimas décadas, tem sido o controle inflacionário, através da manipulação das taxas de juros (taxa SELIC no Brasil). Tal taxa é de extrema importância, pois serve de parâmetro para grande parte das decisões financeiras e econômicas.
O Brasil adota o sistema de “meta de inflação”, no qual estipula um mínimo e um máximo inflacionário para o ano e manipula as taxas de juros em reuniões periódicas, para adequar a inflação dentro desta faixa.
No entanto nem todos os Bancos Centrais atuam assim. Vejamos o FED (Federal Reserve), o Banco Central dos EUA, por exemplo. Ele nunca adotou uma meta inflacionária. Para seus executivos e analistas, as bolhas econômicas são de difícil reconhecimento e é mais fácil remediá-las assim que elas estouram, cortando as taxas de juros. Esta política vai contra a adotada pelos Bancos Centrais do Japão e dos países europeus, que adotam uma política “contra bolhas”.
O ponto, porém, é que nenhum dos Bancos Centrais focou especificamente nas suas responsabilidades em manter a estabilidade da economia. Agora, com o surgimento da crise internacional fica clara a necessidade de que os Bancos devem se preocupar com a saúde de todo o sistema financeiro e não apenas com a estabilidade dos preços.
Com isso surgem dificuldades. A mudança de preços é mensurável, através de índices econômicos. Como fazê-lo, porém, com a estabilidade econômica? Quais as ferramentas a serem utilizadas? Muitos afirmam que uma das soluções seria uma maior regulação financeira. No entanto há uma nébula acerca do que deveria realmente ser regulado.
Como sabemos, o principal papel dos Bancos Centrais, especialmente o nosso, nas últimas décadas, tem sido o controle inflacionário, através da manipulação das taxas de juros (taxa SELIC no Brasil). Tal taxa é de extrema importância, pois serve de parâmetro para grande parte das decisões financeiras e econômicas.
O Brasil adota o sistema de “meta de inflação”, no qual estipula um mínimo e um máximo inflacionário para o ano e manipula as taxas de juros em reuniões periódicas, para adequar a inflação dentro desta faixa.
No entanto nem todos os Bancos Centrais atuam assim. Vejamos o FED (Federal Reserve), o Banco Central dos EUA, por exemplo. Ele nunca adotou uma meta inflacionária. Para seus executivos e analistas, as bolhas econômicas são de difícil reconhecimento e é mais fácil remediá-las assim que elas estouram, cortando as taxas de juros. Esta política vai contra a adotada pelos Bancos Centrais do Japão e dos países europeus, que adotam uma política “contra bolhas”.
O ponto, porém, é que nenhum dos Bancos Centrais focou especificamente nas suas responsabilidades em manter a estabilidade da economia. Agora, com o surgimento da crise internacional fica clara a necessidade de que os Bancos devem se preocupar com a saúde de todo o sistema financeiro e não apenas com a estabilidade dos preços.
Com isso surgem dificuldades. A mudança de preços é mensurável, através de índices econômicos. Como fazê-lo, porém, com a estabilidade econômica? Quais as ferramentas a serem utilizadas? Muitos afirmam que uma das soluções seria uma maior regulação financeira. No entanto há uma nébula acerca do que deveria realmente ser regulado.
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