quarta-feira, 23 de dezembro de 2009



Eu desejo a todos um Feliz Natal e próspero Ano Novo! Que 2010 seja um ano de realizações e conquistas.

Boas Festas!!!!

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Retrospectiva 2009

Fazendo uma retrospectiva e uma análise do cenário econômico brasileiro no ano de 2009, podemos dizer que o Brasil passou por transformações. Transformações? Sim, transformações...

Quando a crise começou nos EUA, acreditávamos que o Brasil não seria atingido (ao menos essa era a expectativa de grande parte dos economistas). Porém, quando a crise chegou, o Presidente Lula afirmou que se tratava de uma “marolinha”, declaração que gerou grande polêmica... isto porque não foi bem uma marolinha, mas um “pequeno tsunami”!

Como sabemos, a crise se agravou no final de 2008 e se estendeu até meados de 2009 (mais ou menos até março/ abril). Os principais impactos na nossa economia foram o congelamento do crédito (tanto para pessoas físicas quanto jurídicas), férias coletivas, queda no consumo, pânico e até recessão técnica (caracterizada por duas quedas consecutivas no PIB - Produto Interno Bruto – que é tudo aquilo que é produzido no país no período de um ano).

Hoje, olhando para trás, podemos fazer algumas inferências. É verdade que sofremos impactos e que alguns passaram algumas dificuldades, mas a crise teve um resultado positivo para o Brasil, acreditem se quiser! Na verdade, o ponto positivo foi que o Brasil foi um dos primeiros (senão o primeiro) países a sair da crise, o que demonstra que a política econômica adotada pelo governo é sólida e está no rumo certo. Isto é verificado pela imagem do Brasil que foi construída no exterior e pela confiança dos investidores estrangeiros que têm feito diversas aplicações aqui no Brasil. Há um outro indicador que são as reservas internacionais, que representam um “colchão” no caso de uma emergência. Vale lembrar que devido às volumosas reservas acumuladas, o Brasil deixou de ser devedor no cenário internacional e passou a ser credor.

Obviamente, apesar do cenário favorável, nem tudo é um mar de rosas. Há ainda alguns desafios a serem superados e um deles é o Dólar depreciado ou o Real valorizado, ao menos no curto prazo. O Dólar “baixo”, por assim dizer, encarece os produtos exportados pelo Brasil, tornando-os menos competitivos internacionalmente. Também resulta num aumento das importações, que afeta o mercado interno, pois os produtos estrangeiros entram mais baratos e com maior competitividade. No médio a longo prazo o Dólar “baixo” é aceitável, mas no curto deve ser remediado, para não haver maiores impactos na economia.

Ano que vem, 2010, é um ano importante para a consolidação da economia brasileira e também é um ano eleitoral, o que muitas vezes tem reflexos na economia (vide o exemplo da eleição do Lula em 2002 e o impacto no câmbio – o Dólar praticamente explodiu).

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Crise em Dubai!

Uma notícia surpreendeu o mundo hoje e teve forte impacto no mercado financeiro. Foi o pedido de moratória de Dubai (Emirados Árabes Unidos), proveniente da dificuldade de a empresa de investimento estatal Dubai World honrar suas dívidas.

A dívida do país, em 2008, era da ordem de US$ 80 bi (oitenta bilhões de dólares), sendo que aproximadamente US$ 70 bi era dívida de empresas estatais. Estima-se que só a Dubai World devia mais de US$ 59 bi.

"A Dubai World tem a intenção de pedir aos que estão entre os seis credores e aos credores da Najeel (empresa do ramo imobiliário, controlada pela Dubai World) que esperem ao menos até 30 de maio de 2010 para o pagamento de dívidas vencidas", afirmou em um comunicado o Fundo de Apoio Financeiro de Dubai, que vigia os efeitos da crise na economia do emirado.

Em conseqüência do pedido de moratória, o pânico se alastrou no mercado financeiro, ocasionando na queda generalizada das Bolsas. No Brasil, o Ibovespa fechou com queda de 2,25% e o dólar teve valorização, cotado a R$ 1,75, apesar de uma melhora dos dados internos (redução do desemprego, por exemplo).

As agências de classificação de risco, as mesmas que consideraram o Brasil como “grau de investimento”, baixaram as notas de importantes companhias do governo de Dubai, evidência de que o risco de investimentos na região aumentou. O problema é que esta redução foi feita após o pedido de moratória, o que significa dizer que havia certa tranqüilidade em investir nos emirados antes do pedido, pois sua classificação de risco era boa. Isso demonstra claramente que nem sempre as agências acertam em suas avaliações e a necessidade de uma análise apurada dos riscos dos investimentos.

Ocorre que o petróleo é uma fonte de recursos não renováveis e um dia acaba. Assim, os Emirados buscaram apostar no turismo e muitos bancos investiram em suas empresas, contribuindo para o aumento de sua dívida. Assim, com a moratória, houve um aumento do risco de se investir em Dubai e isto resulta num aumento do risco das instituições bancárias investidoras, pois correm o risco de “não receberem o seu rico dinheirinho de volta”.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

E o Dólar cai, cai e cai...

E o dólar está despencando, mais uma vez... Ontem ele fechou na casa de R$ 1,701, o menor valor desde outubro do ano passado.

Mas o que tem levado o dólar a cair tanto e quais os seus impactos? É bem verdade que o governo tem buscado alternativas para frear está queda, taxando o investimento de capital estrangeiro com o IOF – Imposto de Operações Financeiras. Isto, porém, não tem se mostrado suficiente. O Brasil já saiu da crise e apresenta ótimos indicadores econômicos que, aliados a um otimismo global, gera um grande afluxo de capitais no Brasil.

Assim, o dólar cai e traz reflexos econômicos. Por um lado afeta a balança comercial: não é mais tão vantajoso exportar (produtos brasileiros ficam mais caros e, conseqüentemente, perdem competitividade). Por outro, as importações ficam mais baratas, e pressionam a inflação para baixo.

O governo deverá tomar novas medidas nos próximos dias para conter a valorização desenfreada do Real. Vamos aguardar!!!!

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

12ª Ação Comunitária Azul

Sábado passado, dia 17 de outubro de 2009, aconteceu mais uma edição da Ação Comunitária Azul, que demonstrou mais uma vez ser um verdadeiro sucesso...12 anos de sucesso!



O evento surgiu como uma forma de comemorar o aniversário da Rádio Azul Celeste (AM 1440 Khz), valorizando sua função social ao prestar serviços úteis à comunidade. A Ação é feita em parceria com o SESI e conta todos os anos com a participação de mais de 1.000 voluntários.





Este ano contou com a presença de mais de 18.000 pessoas, segundo estimativas divulgadas pelo SESI. O evento contou, ainda, com a presença de autoridades como o Prefeito de Americana, Diego de Nadai e o Deputado Federal Vanderlei Macris, além de diversos vereadores que compareceram para prestigiar a Ação.







Mais de 90 entidades parceiras apoiaram a Ação, que trouxe algumas novidades, como a presença do Poupatempo, garantindo maior agilidade e qualidade no atendimento à população.



Um dos pontos altos do dia foram os casamentos, nos quais tive a oportunidade de ser padrinho. Foram realizados 83 casamentos com uma cerimônia emocionante... um dia que ficará para sempre marcado na vida dos noivos e familiares.













O dia 17 de outubro foi um dia no qual muitos demonstraram, através do trabalho voluntário, carinho e respeito com a sociedade e com os cidadãos. Ser um voluntário e realizar esse trabalho é muito gratificante, principalmente no momento em que você percebe que está ajudando o próximo.



A Ação Comunitária Azul não seria possível sem a colaboração de todo o pessoal da Rádio Azul Celeste e do SESI. Quem acompanhou os bastidores sabe o quanto todos trabalharam e se esforçaram para garantir o sucesso de mais esta edição do evento. Cabe, merecidamente, os PARABÉNS, com letra maiúscula a todos os voluntários da Rádio e do SESI, sem os quais este dia de prestação de serviço à comunidade não seria possível.

Gostaria de agradecer também aos demais voluntários que nos ajudaram neste dia tão especial. OBRIGADO!





Abaixo, encontra-se um vídeo com uma entrevista que concedi ao apresentador Keller Stocco na TV TodoDia, parceira da Rádio e que foi uma das entidades que apoiaram o evento. Confira!!!

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Dólar em baixa!

O dólar rompeu, hoje, a barreira dos R$ 1,70, atingindo o menor valor desde setembro de 2008. Tal fato ocorreu por diversos motivos: (i) o Brasil recebeu, em setembro deste ano, a avaliação de grau de investimento pela última das três agências, a Moody’s, o que trouxe uma grande quantidade de investimento externo ao país; (ii) as commodities, que são, basicamente, os produtos não beneficiados e que não são diferenciaveis entre si (exemplo o petróleo) têm apresentado alta; e, finalmente, (iii) uma melhora da situação da economia mundial.

A valorização do Real perante o Dólar tem um grande impacto na economia. Primeiro porque afeta diretamente os exportadores (seus produtos ficam menos competitivos internacionalmente, pois estes recebem em dólar) e segundo porque tem um impacto no mercado interno, pois os importados ficam mais baratos e mais competitivos, representando mais um concorrente para as empresas brasileiras.

Uma visita de peso

O presidente dos EUA, Barack Obama, deve visitar o Brasil no fim deste ano ou início de 2010, disse nesta quinta-feira, 15, o embaixador brasileiro em Washington (e futuro secretário-geral do Itamaraty) Antonio Patriota.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Mercado financeiro, Wall Street e G20

Barack Obama, presidente dos EUA, disse nesta segunda-feira, 14 de setembro de 2009, que já há sinais de comportamentos arriscados em Wall Street, centro financeiro de Nova Yorke dos EUA. Afirmou, ainda, que o governo não ajudará mais o mercado financeiro e cobrou: (i) do Congresso a elaboração de um projeto de lei que regule as atividades financeiras; e (ii) dos bancos uma maior colaboração para a manutenção de todo o sistema.

O presidente lembrou, ainda, os impactos da quebra do Banco Lehman Brothers e reiterou que é necessário aprender com os erros do passado para evoluir. Afirmou, finalmente, que a economia tem apresentado sinais positivos, mas que a recuperação levará tempo.

No dia 24 de setembro acontecerá a nova reunião do G20, extremamente importante, pois um dos assuntos em pauta será o mercado financeiro. E a reunião será polêmica. O presindente da França, Nicolas Sarkozy, ameaçou deixar o encontro, se não houver uma decisão concreta a respeito dos bônus dos banqueiros.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

A economia e os gastos públicos

Pode-se afirmar que a economia mundial tem apresentado sinais de recuperação nestas últimas semanas. Não é diferente com o Brasil. Ao que tudo indica, nosso país saíra fortalecido desta crise mundial.

Esta semana saiu um ranking de competitividade, elaborado pelo Fórum Econômico Mundial. O Brasil apresentou excelentes resultados, saltando da 64º colocação para a 56º. Há dois anos, eramos o 72º colocado na lista de 133 países avaliados. Porém nem tudo é um mar de rosas. Segundo o BIRD (Banco Mundial) a burocracia representa uma grande dificuldade para os empresários, tornando o Brasil uma das nações na qual fazer negócios é uma atividade difícil.

Há, no entanto, mais fatores positivos, como uma recuperação do nível de emprego da indústria, que apresentou crescimento no mês de julho. Isso pode significar uma retomada de um dos setores mais afetados pela crise. E o melhor é que este aumento no nível de emprego foi seguido de um aumento no nível de renda (salários).

O grande vilão da história, contudo, são os gastos públicos. Eles não param de crescer, mesmo em um tempo de vacas magras, no qual houve uma diminuição da arrecadação. Vale notar que este aumento de despesas públicas não são investimentos públicos, mas preponderantemente aumento no gasto com funcionalismo e previdência. Essa é uma das grandes críticas à atuação do governo na economia hoje em dia. Ao invés de aumentar o gasto público vamos aumentar o investimento público, com obras de infra-estrutura, melhorando a capacidade energética brasileira, a malha rodoviária e ferroviária etc.

O que o nosso país precisa é de reformas estruturais e de mais seriedade por parte dos políticos, para tomar as decisões que colocarão o Brasil na "roda do crescimento" novamente.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

A Crise Financeira vai mudar os Bancos Centrais

Como tem sido noticiado ultimamente, a economia mundial tem apresentado sinais de recuperação, o que afeta diretamente o ânimo dos mercados. Porém, debaixo do pano ainda existe muita preocupação e confusão, pois ainda não se sabe se a recuperação será consistente ou frágil. Tais fatos têm culminado numa mudança nos papéis dos Bancos Centrais.

Como sabemos, o principal papel dos Bancos Centrais, especialmente o nosso, nas últimas décadas, tem sido o controle inflacionário, através da manipulação das taxas de juros (taxa SELIC no Brasil). Tal taxa é de extrema importância, pois serve de parâmetro para grande parte das decisões financeiras e econômicas.

O Brasil adota o sistema de “meta de inflação”, no qual estipula um mínimo e um máximo inflacionário para o ano e manipula as taxas de juros em reuniões periódicas, para adequar a inflação dentro desta faixa.

No entanto nem todos os Bancos Centrais atuam assim. Vejamos o FED (Federal Reserve), o Banco Central dos EUA, por exemplo. Ele nunca adotou uma meta inflacionária. Para seus executivos e analistas, as bolhas econômicas são de difícil reconhecimento e é mais fácil remediá-las assim que elas estouram, cortando as taxas de juros. Esta política vai contra a adotada pelos Bancos Centrais do Japão e dos países europeus, que adotam uma política “contra bolhas”.

O ponto, porém, é que nenhum dos Bancos Centrais focou especificamente nas suas responsabilidades em manter a estabilidade da economia. Agora, com o surgimento da crise internacional fica clara a necessidade de que os Bancos devem se preocupar com a saúde de todo o sistema financeiro e não apenas com a estabilidade dos preços.

Com isso surgem dificuldades. A mudança de preços é mensurável, através de índices econômicos. Como fazê-lo, porém, com a estabilidade econômica? Quais as ferramentas a serem utilizadas? Muitos afirmam que uma das soluções seria uma maior regulação financeira. No entanto há uma nébula acerca do que deveria realmente ser regulado.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Crise do Senado, Sen. Suplicy e o "cartão vermelho"




Indignado com os acontecimentos recentes no Senado Federal, o Senador Suplicy (PT) subiu no plenário e proferiu um discurso pedindo a renúncia do Senador e Presidente da casa, José Sarney (PMDB).

Descontente com o arquivamento das acusações contra Sarney, Suplicy mostrou-lhe o “cartão vermelho”, em alusão ao cartão utilizado pelos juízes de futebol. Os ânimos se esquentaram e houve bate-boca entre o Senador Suplicy e o Senador Heráclito Fortes (DEM).

O Senado tem sido alvo de recentes escândalos e tem sofrido influência do Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, que tem como objetivo manter a aliança entre o PT e o PMDB, com o intuito de que este apoie sua candidata à Presidencia da República, a Ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Nova enquete!

Mais uma enquete para você deixar a sua opinião!

Alguns economistas afirmam que o Brasil está no caminho certo e já superou a crise. Outros falam que é necessário cautela antes de fazer qualquer afirmação. Qual é a sua opinião? Você acha que o Brasil já saiu da crise? Sim? Não? Não sabe? Responda ao lado!!

A enquete será encerrada no dia 30/09/09.

DIESEL, O ETERNO VILÃO. ATÉ QUANDO? - Eng. Roberto Falcão

Toda vez que uma reportagem é publicada sobre veículos Diesel, a foto é sempre a de um escapamento soltando um tucho de fumaça preta. As imagens da TV não são diferentes. Sempre mostram que o Diesel polui mais, que o Brasil tem déficit na produção do óleo e que importa o produto e exporta gasolina. Sempre dizem que o nosso Diesel tem alto teor de enxofre, que os veículos com este combustível têm elevado custo de manutenção. E por aí afora.

Isso é o que está na cabeça da grande maioria dos brasileiros, e vem do fato de termos uma frota de veículos comerciais velha, sem manutenção e renovação. Mas essas informações não são mais a realidade nos dias de hoje. Hoje nos motores Diesel com injeção eletrônica, a fumaça preta dos escapamentos não existe mais. Motores antigos, com injeção mecânica, permitem alteração na regulagem, fator gerador da fumaça preta. Para os veículos antigos a inspeção veicular obrigatória resolveria esse problema.

Além disso, os novos veículos Diesel possuem sistemas de controle que garantem o atendimento das regulamentações mundiais mais exigentes quanto às emissões, e que não são inferiores às exigências dos veículos a gasolina ou álcool.

Muitos palpitam sobre a falta de Diesel. Engana-se quem acha que o Brasil só exporta gasolina e importa parte do óleo Diesel que consome. O Brasil também é exportador de óleo Diesel. Nesse ano, já exportamos 426.765 m³ de óleo Diesel contra uma importação de 911.523 m³. Em relação a 2008, importamos até maio menos 63,1% e exportamos mais 95,0% de óleo Diesel. Por outro lado, as exportações de gasolina diminuíram em 24,1%. O saldo dessas operações é positivo, pois exportamos US$ 388.917.079 e importamos US$ 357.050.734, um saldo de US$ 31.866.345. Está tudo no site da Agência Nacional de Petróleo (ANP).

Para quem ainda não sabe, o Brasil será autossuficiente na produção de óleo Diesel a partir de 2011. E grande parte do GNV (gás natural veicular) utilizado nos veículos é importada, e que não existe nenhum controle dos níveis de emissões dos automóveis adaptados com kit gás.

Outra desinformação é sobre a quantidade de enxofre no Diesel. A Petrobras está obrigada a substituir todo o Diesel metropolitano, hoje com 500 ppm de enxofre por Diesel, por 50 ppm até 1º de janeiro de 2013. Para quem não sabe, hoje já temos Diesel com 50 ppm em seis capitais brasileiras: Belém, Fortaleza, Recife, São Paulo, Rio de Janeiro e em Curitiba. A partir de 2013 a obrigatoriedade será do Diesel 10 ppm.

Também está equivocado quem pensa que a manutenção de um carro a Diesel é mais complexa e tem custo bem maior. Isso podia ser no tempo da injeção mecânica. Os motores Diesel são muito mais robustos e têm maior durabilidade. Isso sem contar que os atuais possuem injeção eletrônica e tratamento dos gases de escape, como se fossem motores a gasolina. Pena que poucos brasileiros saibam que os motores Diesel são mais eficientes, porque produzem mais energia com uma mesma quantidade de combustível.

Mas esses tabus têm explicação: a proibição da venda de carro de passeio com motor Diesel há mais de 30 anos no Brasil. Neste período, o País perdeu muitas oportunidades de desenvolvimento tecnológico e de negócios, pois sendo um tradicional exportador de motores Diesel pesados, para ônibus e caminhões, poderia também estar enviando para outros países motores leves.

A nossa indústria, que é extremamente competitiva na produção de fundidos, forjados e usinagem, possui igualmente a vantagem de fabricar aqui os precisos e avançados sistemas de injeção. Estima-se que uma única fábrica para 100 mil motores/ano representará um investimento da ordem de US$ 200 milhões e, com isso, uma geração superior 700 empregos diretos e 3,5 mil indiretos.

E com a possibilidade do uso de biocombustíveis, como o biodiesel, o Diesel de cana-de-açúcar (é isso mesmo, já temos tecnologia para isso), as vantagens dos motores Diesel serão ainda maiores, principalmente no aspecto ambiental. Portanto, temos de acabar com essa proibição dos automóveis Diesel, dando liberdade de escolha ao consumidor e criando oportunidades para o desenvolvimento tecnológico de nossa indústria.

*Roberto Falcão é membro da Comissão Técnica de Tecnologia Diesel da SAE BRASIL (Sociedade de Engenheiros da Mobilidade)

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Mudanças no Imposto de Importação

O governo anunciou uma redução na alíquota do Imposto de Importação, nesta terça-feira, dia 18/08/09. Através da medida, aproximadamente 260 produtos serão incluidos no ex-tarifário até o fim de 2010, tendo uma redução de até 18% na alíquota do tributo.

A grande maioria dos bens incluídos na lista são bens de capital, isto é, máquinas e equipamentos, que não possuem produção nacional. Segundo a Câmara de Comércio Exterior, a medida permitirá “o crescimento da inovação tecnológica por parte de empresas de diferentes segmentos da economia e garante um nível de proteção à indústria nacional”.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

EMTU fará obras complementares no terminal de Americana

A Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos - EMTU/SP fará diversas intervenções complementares nas imediações do novo Terminal Metropolitano de Americana para proporcionar mais mobilidade, conforto e segurança à população do município. 



As obras adicionais incluem a construção de dois calçadões de acesso ao terminal: um terá 120 metros de extensão, a partir do mercado municipal, e outro com 200 metros de extensão, ligará a área ao terminal urbano. As passagens terão piso intertravado e podotátil para garantir mais segurança aos usuários, principalmente àqueles com mobilidade reduzida e com deficiência visual. Se necessárias, serão instaladas sinalizações vertical, horizontal e semafórica para proporcionar mais segurança dos usuários.



Na Praça Comendador Muller será construída uma baia com abrigos. Ela será exclusiva para os ônibus metropolitanos e vai facilitar a integração com as linhas de ônibus municipais. 



Além disso, a EMTU/SP instalará o novo modelo de abrigos projetado pela empresa em 30 paradas das vias por onde circulam as linhas metropolitanas. Serão 60 módulos de abrigos. Assim, em cada parada haverá coberturas duplas com bancos e anteparos de vidro. 



Essas melhorias, que serão concluídas até novembro deste ano, são resultado do encontro realizado na terça-feira, 4, entre representantes da EMTU/SP e da Secretaria Municipal de Transporte. A liberação do terminal para as linhas metropolitanas está prevista para a segunda quinzena de agosto.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

O envelhecimento populacional e as suas consequências

Com o avanço da medicina no ultimo século, aliado a um aumento no qualidade de vida, as pessoas passaram a viver mais. Isso representa uma mudança na estrutura populacional de um país e tem grandes repercussões econômicas, políticas e sociais, no longo prazo.

Sabe-se que o envelhecimento da população é mais intenso nos países mais ricos, enquanto que nos mais pobres o processo de envelhecimento da população já começa a ser notado.

O problema que surge é como que os governos devem agir frente a este novo quadro social? Esta é uma questão a ser pensada, pois uma população mais velha significa mais aposentados, aumento dos gastos públicos e até mesmo uma diminuição da força de trabalho. Segundo a ONU (Organização das Nações Unidas), hoje, aproximadamente 11% dos quase 7 bilhões de habitantes do planeta têm mais de 60 anos. Há, porém, uma estimativa que, em 2050, este número suba para 22%, de um total estimado de 9 bilhões de pessoas.

Aliado ao envelhecimento da população, as famílias têm tido menos filhos, especialmente nos países mais desenvolvidos, como a França, por exemplo. Em 1970, as mulheres tinham, em media, 4,3 filhos, enquanto que, atualmente, têm 2,6 filhos. Com isto espera-se que, na metade deste século, a população mundial comece a encolher.

Teorias macroeconômicas sugerem que um envelhecimento da população pode desacelerar o crescimento de uma nação. Mas como? Esta é uma questão relativamente fácil de se responder. Enquanto mais pessoas se aposentam, e menos jovens tomam seus lugares, a força de trabalho tende a diminuir, ocasionando um menor crescimento econômico, a menos que haja um rápido ganho de produtividade. Como os trabalhadores estarão mais velhos, há a possibilidade de se perder produtividade.

Há, ainda, outros problemas a serem considerados, como o previdenciário. Com o envelhecimento, haverá mais beneficiários que receberão aposentadorias, ocasionando um rombo no sistema. Daí toda a discussão existente acerca de uma reforma no sistema previdenciário. O mesmo acontece com a saúde pública. Os gastos futuros devem aumentar, uma vez que uma população mais velha necessita mais de cuidados médicos.

Enfim, estas são questões importantes que devem ser debatidas e pensadas para o futuro, e que já são percebidas em algumas nações.

terça-feira, 28 de julho de 2009

Bons sinais...

O Brasil tem, mais uma vez, apresentado bons indicadores econômicos. Em documento divulgado pelo governo, o crédito cresceu aproximadamente 20% no último ano. Os principais atores que contribuíram para este aumento foram o BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social) e as pessoas físicas. Com este aumento, o crédito passa a ter uma maior participação no PIB brasileiro, isto é, em tudo aquilo que foi produzido no ano dentro do país.

Isto, aliado ao fato de termos acumulado um superávit (um saldo positivo) na balança comercial (exportações menos importações), representa uma grande melhora no cenário econômico brasileiro, mostrando que o país está no rumo certo para vencer a crise.

terça-feira, 14 de julho de 2009

MPF investiga Fundação Sarney


O senador José Sarney, presidente do Senado, está sobre a mira do Ministério Público Federal, mais uma vez. Agora é acusado de ter desviado dinheiro através da Fundação Sarney.

O responsável pelas investigações é o procurador da República Tiago Souza Carneiro. O foco das atenções é a relação da Petrobrás com a Fundação, uma vez que há indícios de desvio de dinheiro público. A investigação teve início com a denúncia de que a Fundação recebeu uma verba (R$ 500 mil) da Petrobrás para realizar um determinado projeto e não o fez, repassando a quantia a outras empresas, algumas delas fantasmas. Tiago já solicitou ao Ministério da Cultura informações sobre a Fundação e suas transações.

Sarney alega que não tem “responsabilidades administrativas” na Fundação, o que foi provado não ser verdade. Assim, o senador mentiu em plenário e deve-se, portanto, avaliar se houve ou não quebra de decoro.

O atual presidente do Senado tem atravessado um momento político delicado e, se comprovado o desvio, corre o risco de perder o cargo.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Afinal, o que é o tal Risco Brasil?

Achei no Portal G1 uma explicação muito boa sobre o Risco Brasil. Confira abaixo:

O risco-país é um índice que reflete o comportamento dos títulos da dívida externa brasileira. Corresponde à média ponderada dos prêmios pagos por esses títulos em relação a papéis de prazo equivalente do Tesouro dos Estados Unidos, tido como o país mais solvente do mundo, de risco praticamente nulo.

O indicador mensura o excedente que se paga em relação à rentabilidade garantida pelos bônus do governo norte-americano.

Significa dizer que a cada 100 pontos expressos pelo risco Brasil, os títulos do país pagam uma sobretaxa de 1% sobre os papéis dos EUA.

Basicamente, o mercado usa o indicador para medir a capacidade de um país honrar os seus compromissos financeiros.

A interpretação dos investidores é de que quanto maior a pontuação do indicador de risco, mais perigoso fica aplicar no país.

Assim, para atrair capital estrangeiro, o governo tido como "arriscado" deve oferecer altas taxas de juros para convencer os investidores externos a financiar sua dívida - ao que se chama prêmio pelo risco.

Enquete

Essa semana encerrou a última enquete do blog “Quem é o melhor presidenciável em 2009?”.

O vencedor foi o governador de São Paulo, José Serra, com 50% dos votos (24). Em segundo ficou o governador de Minas Gerais, Aécio Neves, com 29% dos votos (14), seguido pelo atual Presidente da República, Lula, com 14% (7 votos). Por último ficou a candidata do PT, a ministra Dilma Rousseff, com 3 votos (6%).

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Governo mantém redução do IPI

O governo anunciou nesta segunda-feira, 29 de junho, a prorrogação da redução da alíquota do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para os setores automotivos, de construção civil e da linha branca de eletrodomésticos.

O Ministro da Fazenda, Guido Mantega afirmou que a continuidade do IPI reduzido nos setores de automóveis e motos tem como contrapartida um acordo com as empresas para que não demitam funcionários enquanto durarem as medidas.

Tal medida tem como objetivo incentivar a economia, amenizando os efeitos da crise no Brasil. Tem, porém, alguns efeitos negativos, como, por exemplo, uma redução no superávit primário, que é o dinheiro utilizado pelo governo para pagar os juros da dívida pública. Assim, fica mais difícil para o governo controlar a dívida, podendo originar temores nos investidores, acarretando em uma fuga de dólares do país, afetando, consequentemente, o câmbio.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Os famosos "Atos Secretos" do Senado

Surgiu, recentemente, mais um escândalo entre os políticos brasileiros. Desta vez foi no Senado, com os “Atos Secretos”. Os atos secretos do Senado eram atos administrativos utilizados para a nomeação de parentes, amigos, a criação de cargos e até aumentar o salário dos Senadores.

Um dos grandes beneficiados por estes atos foi o Presidente do Senado, José Sarney. Em sua defesa, o senador afirmou que “A crise não é minha. É do Senado”. Segundo o senador Pedro Simon, do mesmo partido de Sarney, os atos secretos começaram a 15 anos, no primeiro mandato de Sarney como Presidente do Senado e com a nomeação do ex-diretor-geral do Senado, Agaciel Maia, envolvido em outros escândalos de corrupção.

Nesta quinta-feira, dia 25 de junho, o Senador Pedro Simon subiu à Tribuna e pediu que Sarney deixasse a presidência: “Eu digo aqui com profundo sentimento de mágoa, não gostaria de dizer o que vou dizer: Sarney tem que se afastar da presidência. Já falei isso, não da tribuna, mas falei. Ele deve se afastar. Para o bem dele, da família dele e do Senado. Não que a saída dele signifique auto-culpa, punição, pelo contrário. Representa ato de grandeza”.

terça-feira, 23 de junho de 2009

Afinal, o que é uma PPP?

O governo Reagan, nos EUA, e Thatcher, no Reino Unido, iniciaram uma profunda mudança no âmbito econômico, com a tendência de desregulamentação setorial, que refletiu-se nas relações entre o setor público e o privado.

Pode-se dizer que as Parcerias Público-Privadas (PPPs) surgiram na Inglaterra. Seu embrião foi lançado em 1992 e aprofundado no governo Blair, em 1997. O cerne da questão era a busca por novas alternativas de investimentos. Porém, adotou-se uma estrutura diferente, utilizando-se de uma lógica de compra de serviços, buscando ganhos de eficiência.

Muitos governos, incluindo o britânico, chegaram à conclusão que há atividades que são melhor desempenhadas pelo setor privado e outras em que o setor público é mais recomendado. Assim, é somente a união do melhor dos dois setores que poderá proporcionar ao cidadão um serviço moderno e de alta qualidade.

Deste modo, a PPP “é uma nova forma de relacionamento entre o governo e o setor privado. A iniciativa privada entra com a capacidade de investir e se financiar, a flexibilidade e a competência gerencial, enquanto o setor público assegura a satisfação do interesse público”. Uma grande vantagem das PPPs é que estas estabelecem uma divisão de responsabilidades, permitindo que os riscos do projeto sejam divididos entre os parceiros, em função de suas capacidades.

Em suma, uma PPP busca prover infra-estrutura e serviços à sociedade, através de um projeto elaborado, financiado, construído e operado pelo parceiro privado. Para o desenvolvimento do projeto, muitas vezes os investidores constituem uma SPE, que é uma sociedade de propósito específico, limitando a responsabilidade dos acionistas aos recursos aportados ao projeto.

É importante mencionar que as PPPs diferenciam-se tanto das privatizações quanto das concessões. Em relação à primeira, pode-se dizer que vai na direção oposta, isto é, ao invés de o Estado fornecer a infra-estrutura ao setor privado, ao término do contrato, esta é transferida do investidor privado ao Estado.

As PPPs são, geralmente, constituídas para projetos cujo retorno econômico não é necessariamente viável. Sendo assim, a PPP se diferencia da concessão, pois a tarifa cobrada não é suficiente para garantir o retorno financeiro esperado, sendo necessário uma complementação financeira, por parte do Estado, a qual chamamos de “concessão patrocinada”. No caso de serviços em que o parceiro privado é impossibilitado de cobrar alguma tarifa, a Administração Pública deve realizar um pagamento integral ao parceiro, caracterizando o que chamamos de “concessão administrada”.

O Brasil sancionou, em 30 de dezembro de 2004, a Lei Federal nº 11.079, que trata das Parcerais Público-Privadas. O estado de Minas Gerais pode ser considerado o estado mais avançado no desenvolvimento de PPPs, tendo sancionado sua primeira lei regulando o tema no ano de 2003, antes mesmo da Lei Federal.

Uma inovação das PPPs, no Brasil, é a existência de garantias de prestação pecuniária, por parte do governo. É o FGP (Fundo Garantidor das PPPs) que oferece essa segurança ao investidor. Ele existe, pois os investidores privados têm medo de não receberem, em casos em que a oposição assume o poder ou, ainda, em que o Estado, por motivos fiscais, fica impossibilitado de pagar a prestação.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Por que a crise não acaba?

No dia 25 de maio comentei, na Rádio Azul Celeste, os motivos pelos quais a crise ainda não acabou, em resposta ao pedido de um ouvinte e seguidor do blog. Confiram!!!

terça-feira, 16 de junho de 2009

Do atual cenário econômico e fiscal da economia brasileira o que podemos propor como planejamento sócio-econômico no setor público?

O Brasil vem atravessando enormes mudanças nos últimos anos. O final da década de 80 e toda a década de 90 mostrou-se um período de transição de um regime totalitário (Ditadura Militar) para a retomada da Democracia.

É de extrema importância mencionar que, durante os anos 70 o Brasil experimentou o chamando “milagre econômico”, quando o PIB cresceu, em média, 11% ao ano. Porém, tal crescimento teve conseqüências, como o aumento da dívida pública e o surgimento de uma enorme inflação que assombrou todo o país no final da década de 80 e início dos anos 90.

As mudanças começaram, realmente, no governo Collor, com a abertura da economia brasileira aos mercados internacionais e, posteriormente, com a implementação do Plano Real, no governo Itamar. Tal plano trouxe diversos benefícios à economia, principalmente o controle inflacionário.

O Brasil passou, então, a adotar um sistema neoliberal, com diversas mudanças econômicas e sociais: iniciou-se a era das privatizações, houve uma melhora das desigualdades econômicas, o câmbio era fixo e a inflação estava controlada. Tudo isto regado às maiores taxas de juros do planeta. A política econômica do governo Fernando Henrique Cardoso se mostrou acertada, na questão da estabilização da economia. Seu único erro foi manter as taxas de câmbio fixas até 1999.

No ano de 2002, Luiz Inácio Lula da Silva ganha as eleições e inicia uma nova era no Brasil. O governo Lula decidiu dar continuidade à política econômica adotada pelo governo anterior, sem esquecer o lado social. Para isso, foram efetuados vários planos assistencialistas, tal como o Fome Zero e o Bolsa Família, que melhoraram o quadro social no Brasil, fazendo com que milhões de brasileiros, especialmente do Nordeste, saíssem da faixa de pobreza.

Hoje a inflação está controlada, a taxa de juros (SELIC) está em tendência de queda, atingindo, na semana passada, níveis históricos de 9,25% ao ano. Isso demonstra que o Brasil tem, atualmente, assim como os países desenvolvidos, retomado uma política intervencionista. Tal mudança se deu, principalmente, em razão da crise econômica mundial.

No entanto, apesar de vários indicadores apontarem uma melhora no quadro econômico e social do Brasil, apontando-o como um expoente no quadro internacional, há diversas questões internas a serem solucionadas. Para isto, torna-se necessário efetuar diversas reformas, tais como a política, a previdenciária e a tributária.

O Brasil chegou, portanto, num ponto em que os governantes devem refletir sobre que caminhos devem ser seguidos, para fazer com que o Brasil cresça sustentavelmente, atingindo o nível de país desenvolvido.

Sabe-se que, nos últimos vinte anos, o gasto público tem crescido vertiginosamente, passando de 14% do PIB em 1991 para 22% em 2007. Um aumento nos gastos públicos deve ser acompanhado de um aumento das receitas do governo, o que só pode ser feito com um aumento da carga tributária. De fato isso aconteceu. No mesmo período, a carga tributária passou de 24% do PIB para 35%. Hoje está próxima de 39%.

O que pode explicar, então, tamanho gasto público, com serviços de tão baixa qualidade? Países como o Canadá e Suíça, que possuem altíssima carga tributária, assim como o Brasil, possuem serviços públicos de primeira linha. O que explica esta diferença? É o que chamo de Custo - Brasil. Nosso país possui uma arrecadação extremamente alta, mas esse dinheiro é mal gasto por diversos motivos: 1) A burocracia presente entrava as políticas públicas, gerando desperdícios; 2) Há a preponderância de interesses políticos; 3) O país precisa, urgentemente, de reformas estruturais.

Deste modo, o certo seria investir em setores precários para alavancar o desenvolvimento nacional. Vejamos a infra-estrutura presente no Brasil, por exemplo: as estradas são precárias e há poucas ferrovias. Isto faz com que o custo de transporte seja muito alto, tornando os produtos brasileiros menos competitivos. O que falar, então, dos portos e aeroportos?

Outro ponto de extrema importância, se não o mais importante, é a questão da educação. Já foi comprovado que o nível educacional do brasileiro figura entre os piores do mundo. O Brasil possui uma alta taxa de jovens matriculados no ensino fundamental, mas qual a qualidade dos professores? Qual é a segurança oferecida nas dependências da escola? Os alunos tem realmente aprendido o que lhes é ensinado? Qual a porcentagem de alunos que continuam os estudos (ensino médio e superior)? Ao responder tais perguntas descobrimos a precariedade do ensino brasileiro. Sabe-se também que investir no ensino é uma política de longo prazo que possui dois grandes efeitos: o social e o econômico. Social, pois ao estudar o indivíduo irá ter melhores salários e condições de emprego; econômico, pois um maior nível de estudo eleva a renda nacional, conseqüentemente o consumo, e ainda gera ganhos de produtividade.

Por onde começar então? O Brasil enfrenta outros problemas estruturais e que se sanados gerarão menor desperdício de recursos: é necessário realizar uma reforma política, previdenciária e tributária. Tais reformas podem contribuir para uma redução dos gastos públicos, para garantir maior agilidade ao sistema e resultar num cenário mais favorável ao crescimento econômico e social.

Passando para a questão monetária, acredito que o governo tenha adotado o rumo certo, tomando as devidas providências para minimizar os efeitos da crise, lançando pacotes habitacionais, reduzindo tributos em determinados setores, além de ter reduzido a taxa de juros a níveis nunca visto antes no Brasil, fazendo com que este deixasse de possuir a maior taxa de juros real do planeta. Tais medidas têm feito com que o Brasil supere as dificuldades advindas da crise, tais como restrição de crédito, baixo investimento e insegurança.

Concluo, portanto, que o Brasil está no caminho certo, mas deve realizar, o quanto antes, as reformas necessárias e se preocupar mais com as questões sociais, como a educação, saúde e segurança pública. Só assim o Brasil poderá alcançar o crescimento sustentável, atingindo, finalmente, os patamares de país de primeiro mundo.

Taxa SELIC e poupança!

Olá!!! Já fazia um tempinho que eu não postava minhas entrevistas na rádio. Elas voltaram!!!

No dia 12 de junho conversamos sobre a queda da taxa SELIC, que é a taxa básica de nossa economia, para níveis históricos, a 9,25% ao ano. Falamos, também, sobre a poupança!!! Confira!!!!

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Novo ranking!

Segundo relatório divulgado pelo Banco Mundial, o Brasil é agora a sexta economia do mundo, ao lado de França, Itália, Reino Unido e Rússia.

O cálculo realizado levou em conta a paridade de poder de compra, sendo uma inovação ao método tradicional, baseado no câmbio.

Confira o novo ranking:

1. Estados Unidos
2. China
3. Japão
4. Alemanha
5. Índia
6. Brasil, Reino Unido, França, Rússia e Itália
7. Espanha e México

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Agenda do dia

Hoje é esperada mais uma redução na taxa SELIC, a taxa básica de juros de nossa economia. As estimativas são de que o Banco Central faça um corte entre 0,5 e 0,75%. Vamos aguardar!!

Ontem saiu um relatório que confirmou que o Brasil está em recessão, a primeira desde 2003. A redução do PIB, isto é, tudo aquilo que foi produzido no Brasil no período avaliado, foi de 0,8% no primeiro trimestre de 2009, se comparado aos 3 meses anteriores. Dois PIBs trimestrais negativos indicam uma recessão técnica, o que foi confirmado no Brasil, fato este já esperado pelos economistas.

PONTO POSITIVO: a queda foi muito menor que o esperado, o que pode indicar uma recuperação da economia, pegando de surpresa até os economistas mais otimistas. Ponto para o Brasil!!!!!

Agenda do dia

Hoje é esperada mais uma redução na taxa SELIC, a taxa básica de juros de nossa economia. As estimativas são de que o Banco Central faça um corte entre 0,5 e 0,75%. Vamos aguardar!!

Ontem saiu um relatório que confirmou que o Brasil está em recessão, a primeira desde 2003. A redução do PIB, isto é, tudo aquilo que foi produzido no Brasil no período avaliado, foi de 0,8% no primeiro trimestre de 2009, se comparado aos 3 meses anteriores. Dois PIBs trimestrais negativos indicam uma recessão técnica, o que foi confirmado no Brasil, fato este já esperado pelos economistas.

PONTO POSITIVO: a queda foi muito menor que o esperado, o que pode indicar uma recuperação da economia, pegando de surpresa até os economistas mais otimistas. Ponto para o Brasil!!!!!

domingo, 7 de junho de 2009

A Rússia e o risco da estagnação!


A Rússia faz parte dos BRICs (Brasil, Rússia, Índia e China), os quatro grandes mercados emergentes, que tem ganhado cada vez mais importância no mundo. Contudo, com os impactos de uma grande recessão e com uma diminuição de aproximadamente 10% no PIB (tudo aquilo que é produzido no país) do primeiro trimestre, talvez faça mais sentido falar em BICs.

O grande problema que a Rússia enfrenta é a sua forte dependência em relação ao petróleo. Nem o ex-presidente Vladimir Putin, nem o atual, Medvedev, tomaram medidas acertadas para diversificar a economia russa, criando uma infra-estrutura que atraia grandes empresas.

Hoje, a situação se encontra um pouco melhor, com o preço do barril na casa dos $ 70 dólares. Alem disto, a Rússia ainda possui um colchão de $ 380 bi de reservas, o que pode ser suficiente para que ela atravesse essa crise.

No entanto, a questão que fica é que sem uma reforma legal, política e econômica, a Rússia corre o risco de estagnar, além de ficar sujeita às variações do preço do petróleo.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

A MP da Amazônia

A Medida Provisória 458, aprovada esta quarta pelo Senado, tem como objetivo melhorar a situação da distribuição de terras na Amazônia, dando maior autonomia ao estado, para doar ou vender terras, sem licitação. As propriedades podem ter até 15 km², o que corresponde a 1.500 hectares (aproximadamente o equivalente a 10 parques do Ibirapuera).

Houve, no entanto, um grande embate entre ruralistas e ambientalistas. Os primeiros afirmam que a MP deve regularizar a questão fundiária na região, ao passo que os segundos rebatem, enfatizando que a medida beneficiará os grileiros, que são pessoas que, através da falsificação de documentos, obtêm terras ilegalmente.

Um ponto positivo desta MP é o controle desenfreado do desmatamento, ao estabelecer que as áreas desmatadas devem ser reflorestadas.

Acredita-se que esta medida favorecerá aproximadamente 1,2 milhões de pessoas, regularizando 400 mil propriedades. No momento, a MP aguarda sanção do Presidente Lula.

A tabela abaixo explica melhor como funciona a Medida Provisória 458:

terça-feira, 2 de junho de 2009

Ouro negro!


Nesta segunda feira, dia 01 de junho, o barril do petróleo bateu na casa dos $ 68 dólares, o maior preço em sete meses. Os preços ainda estão muito menores do que o pico atingido no ano passado ($ 147), mas já estão superiores a média dos anos 90. Alguns economistas acreditam que o barril de petróleo está, mais uma vez, convergindo para os três dígitos, puxado pelo consumo dos países emergentes e pelas dificuldades crescentes de fornecimento mundial.

O aumento do preço do petróleo tem um efeito direto no custo de transporte e energia: estes começam a crescer, afetando, principalmente, a indústria automotiva e a inflação. No caso de países mais pobres e que importam petróleo, o efeito é ainda pior, pois afeta as finanças públicas, havendo a necessidade de se cortar investimentos. Já para os exportadores, o aumento dos preços tende a ser benéfico.

domingo, 31 de maio de 2009

O Brasil e o grau de investimento

No ano passado muito se discutiu a questão de o Brasil ter atingido o tão chamado “grau de investimento”. Este grau de investimento é um rating, isto é, uma nota que mede o risco de se investir no país.

No entanto, pode-se falar que este grau ainda não foi totalmente atingido. Isto, porque ele é dado por três grandes e renomadas agencias internacionais (Standard & Poor’s, Fitch Ratings e Moody’s), sendo que o Brasil só conseguiu esta avaliação por parte das duas primeiras.

A obtenção deste “grau de investimento” indica que o país é menos arriscado para se investir, fazendo com que muitos investidores estrangeiros migrem seus investimentos para aquele país. Tal movimento ocorre devido à existência de um cupom: os títulos brasileiros, por exemplo, apresenta rendimentos mais altos que títulos norte-americanos. O problema é que não há muitos compradores devido ao risco inerente a este investimento. Com o rating positivo, muitos investidores, especialmente fundos de investimentos, podem migrar seus investimentos para o Brasil, gerando um grande fluxo de dólares em nossa economia e, conseqüentemente, derrubando o câmbio (dólar fica mais barato).

Dada a solidez da economia brasileira e a forma como ela reagiu à crise mundial, tudo indica que conseguiremos alcançar a terceira e última avaliação de grau de investimento ainda este ano (2009), o que demonstra o avanço da política econômica brasileira nos últimos anos.

Abaixo segue uma entrevista com Mauro Leos, o responsável da Moody’s pela avaliação do Brasil.

Como é o processo de avaliação para a concessão do grau de investimento a um país? Quais são os passos?
O trabalho para se chegar a uma recomendação é analisar como o país e o governo estão se saindo. Olhamos para diferentes indicadores e tentamos ver como o Brasil está em relação a todos países que têm o grau de investimento naquele nível ou abaixo daquele nível. O processo é ver como as coisas mudaram no último ano, quais são os perspectiva para as variáveis, como PIB, balanço de pagamentos e a taxa de endividamento, e sobre isso fazer uma avaliação obre o quão provável é que o país vá se desenvolver nos próximos anos.

Há uma equipe que avalia isso ou é o sr. que centraliza as informações e dá a palavra final?
A análise principal sou eu que faço. Tentamos fazer uma visita anual ao Brasil em algum momento do terceiro trimestre, entre julho e setembro, e para fazer uma visita e com base nela escrever um relatório. E esse relatório, junto com outros dados, será discutido em um comitê. Com base nele, o comitê vota se alguma coisa precisa ser ajustada ou mudada no rating do Brasil. Fazemos isso pelo menos uma vez por ano. Coletamos muitas informações indo ao Banco Central, falamos com diferentes analistas. Vamos a São Paulo, ao Rio de Janeiro, a Brasília.

Há alguma previsão sobre a concessão do grau de investimento ao Brasil?
Lançamos nosso relatório trimestral para a América Latina recentemente. Um dos assuntos que mencionamos nesse relatório é que, comparada a todas as regiões, a América Latina está se saindo bem. Países europeus, por exemplo, estão tendo dificuldades; alguns países da Ásia também. Nesse contexto, e comparado a todas as outras regiões, eles estão tendo um desempenho melhor. Levando isso em consideração, nós não descartamos a possibilidade de que poderemos ter ações positivas de rating para alguns países da região. E também eu mencionei que países que são candidatos potenciais para ações positivas de rating são Brasil e Peru. Veja bem: eu não disse que estamos a ponto de melhorar o 'rating' do Brasil, mas disse que o Brasil é um candidato potencial para ações positivas de rating num futuro próximo.

Futuro próximo quer dizer este ano? Este semestre?
Nós temos que ir ao Brasil para nossa visita anual sobre qual eu lhe falei, fazer nosso relatório a ser discutido pelo comitê. Então, sim, vamos fazer o relatório depois dessa visita, e uma discussão sobre isso com certeza acontecerá antes do fim do ano. O resultado dessa reunião ninguém sabe qual será. Mas se o Brasil vier a receber o 'investment grade' neste ano, será depois dessa reunião.

O sr. disse que o Brasil é um potencial candidato porque tem reagido melhor à crise do que os países europeus, por exemplo. O sr. acha que a crise favoreceu uma melhora na análise da Moody’s sobre a economia brasileira?
Por causa da crise, pudemos ver alguns fatores. Primeiro: qual foi o impacto do choque negativo na economia, nas contas fiscais e no balanço de pagamentos. Segundo: pudemos ver o quão efetiva foi a resposta das autoridades e do governo a esses choques. Ver isso acontecer verdadeiramente forneceu para nós informações sobre o quão fortes, capazes e comprometidas as autoridades estão, porque antes disso nós tínhamos que trabalhar com cenários: 'e se tal coisa acontecesse, qual seria o impacto?' Tínhamos que fazer nossas próprias estimativas e especulações. Agora nós vimos, primeiro, o quão ruim foi; segundo, qual foi o impacto; e, terceiro, qual foi a política em resposta. E assim temos um senso melhor de qual é a previsão e o que pode ser a previsão para o resto do ano. Então, foi útil, porque a crise foi equivalente a um “teste de estresse” para a região.

Diante dessa realidade observada na crise, o sr. diria que é muito diferente a avaliação que a Moody’s tinha sobre a economia brasileira no ano passado da que tem agora em 2009?
É diferente nessa perspectiva: no ano passado, quando todas as outras agências começaram a melhorar a avaliação do Brasil, nós não nos sentimos confortáveis para fazer isso naquela época porque, embora o Brasil estivesse muito bem, mas tínhamos a sensação de que a economia mundial iria entrar em um período difícil. Agora, neste ano, como disse, nós vimos e não é pura especulação, mas temos evidências, informações que nos mostraram todos os impactos e respostas em uma condição muito difícil.

Quais são os pontos fortes e fracos da economia brasileira?
O lado mais óbvio e positivo é que a força das reservas internacionais brasileiras deu mais flexibilidade ao país e ao Banco Central para administrar os choques financeiros. Mesmo que o país e algumas empresas tenham experimentado acesso reduzido ao financiamento, o Banco Central tinha reservas suficientes para prover esses dólares que não estavam vindo pelos mercados, porque os mercados estão com menos disposição para emprestar para todo mundo, inclusive para as corporações brasileiras. Essa é uma das principais forças e que mostram a condução firme da política do Banco Central. Sobre as relativas fraquezas, destacaria que a taxa de endividamento do governo continua a ser alta e, por causa, disso o governo tem uma capacidade limitada para conduzir o que chamamos de políticas contra-cíclicas, de aumentar gastos para compensar redução da atividade econômica porque, se fizer isso, vai impactar a taxa de endividamento.

Durante a crise, muito tem sido dito sobre a credibilidade das agências de rating, que ela teria sido afetada depois do problema do subprime nos EUA. O sr. concorda com isso? E acha que isso é diferente quando se trata de 'rating' soberano (que avalia países e não empresas)?
Sobre isso, o mercado tem direito à sua própria opinião, mas o que eu posso dizer é que, no que se refere ao 'rating' soberano na América Latina, que é o que eu faço, nossa credibilidade é mais forte e tem sido provada certa. Houve diferenças de opiniões entre as agências de 'rating' para dimensionar o caso do Brasil. Enquanto as outras decidiram mudar ano passado, nós esperamos. Então, eu acho que o que esperamos para a América Latina agora é consistente com o que dissemos antes. E o interessante é que, mesmo em tempos difíceis, estamos dispostos a melhorar 'ratings', por essas evidências de que os governos e países estão se saindo melhor.

O sr. acha que depois da crise, haverá mudança no status do grau de investimento? Continuará sendo tão importante quanto antes para os países?
Eu acho que o que vimos agora pelas evidências é de que, talvez, em alguns casos, países europeus não sejam tão fortes quanto achávamos que fossem e, talvez, em alguns casos, países latino-americanos não sejam mais fracos como se pensava. Isso é baseado normalmente no desempenho fiscal, e no do governo, e como eles estão se saindo em relação a outros países. Talvez essa seja uma das uma das mais importantes lições dessa crise e possa levar a um estreitamento da diferença entres 'ratings' de regiões. O que temos visto é que, na média, alguns países da América Latina podem ter 'ratings' melhores e todos os europeus 'ratings' menores. Então, o 'gap' entre os dois será talvez mais estreito nos próximos anos. E isso vai refletir na posição da América Latina entre os países globais

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Bate papo sobre economia: Crise e Habitação!!

No dia 06 de abril de 2009 conversei com o apresentador Keller Stocco, na TV TodoDia, sobre o aprofundamento da crise financeira e o pacote habitacional. Este é um tema muito interessante, atual e de extrema importância para nosso país.

Para quem se interessar, farei nova participação no programa do Keller no dia 10 de junho, as 18:30h. Não perca!!!!!

terça-feira, 26 de maio de 2009

Pizza e política!

Nada como uma noite de descontração entre os amigos de faculdade para jogar a conversa fora e deliciar uma saborosa pizza. A confraternização fica ainda melhor se o anfitrião for o professor Senador Eduardo M. Suplicy.

O clima da pizzada foi de muito bom humor, com discussões sobre política e com direito a uma canja do Senador no piano.

Aprender assim é bem mais interessante!

Aniversário!

No último sábado (23/05/09) foi comemorado o aniversário do vice-prefeito da cidade de Artur Nogueira, Dr. Rodolfo Simões Coelho, numa festa animada que reuniu sua família, os amigos e as lideranças políticas de toda a região.

Na foto está presente o Prefeito Marcelo Capelini (direita) e o aniversariante, Dr. Rodolfo Simões Coelho (esquerda).

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Petrobrás e o conflito de interesses!

A questão da Petrobrás, que deixou de pagar R$ 4 bi em impostos tornou-se um conflito de interesses políticos entre a base governista e a oposição. Há uma imensa discussão a respeito de quantas cadeiras cada partido deve ou não ocupar no CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito).

O problema é que o número de cadeiras ocupadas pelo partido deve ser proporcional ao número de parlamentares. A grande questão surge com a afirmação da oposição, diga-se DEM e PSDB, de que, quando os senadores foram diplomados, havia mais parlamentares da oposição do que hoje. O conflito existe, pois a base aliada do governo afirma que deve-se levar em consideração o número atual de parlamentares.

Ademais, o PSDB clama pela presidência da CPI, ameaçando obstruir as votações no plenário, como forma de protesto. Arthur Virgílio (AM), líder do PSDB no Senado, faz uma crítica ao envolvimento de movimentos sociais e sindicais, afirmando que "o PT convocou a velha e cansada CUT para tentar fazer uma manobra fascista, querendo mostrar que o meu partido é contra a Petrobrás. Querem jogar o PSDB contra a opinião pública, mas nós somos os verdadeiros defensores da Petrobrás". O ponto é que parte destes movimentos é contra a CPI.

O embate deve continuar até semana que vem, data em que o presidente Lula retornará de sua viagem aos Emirados Árabes, China e Turquia. O presidente deve se reunir com os líderes da base governista para indicar os senadores que integrarão a Comissão Parlamentar de Inquérito. Segundo Romero Jucá (PMDB – RR), líder do governo no Senado, “o presidente está viajando, mas tem a preocupação de que a Petrobrás não seja atingida. É preciso investigar, mas sem expor a empresa. Os líderes têm autonomia para indicar os membros da CPI, mas eu entendo que os líderes só devem ter esses nomes na próxima semana".

É importante mencionar que outro argumento para a criação desta CPI é a Operação Águas Profundas, da Polícia Federal e que voltou hoje a aparecer nos jornais. Para entender melhor esta operação basta clicar na imagem abaixo:

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Crise, taxa de juros, crescimento econômico...

Estava navegando pelo site do Estadão e achei uma entrevista muito interessante do secretário de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa. Nela, é debatida a crise, a taxa de juros entre muitos outros temas interessantes. Por isso, decidi postar esta entrevista na integra. Ela é um pouco longa, mas vale a pena.

A economia mundial já bateu no fundo do poço? Podemos vislumbrar uma recuperação?

Há indicadores de várias partes do mundo de que a situação parou de piorar, mas ainda não está claro se teremos uma recuperação sustentável e rápida. Utilizando aquela famosa frase do Churchill, estamos vivendo o fim do começo, mas não o começo do fim da crise. Ainda falta normalizar o funcionamento do mercado de crédito, no Brasil e no resto do mundo.

O Brasil entrou em recessão?

O conceito de recessão é controverso. Existem maneiras mais simples de verificar a recessão, como as duas quedas consecutivas do PIB, e outras mais complexas, baseadas em um conjunto de indicadores econômicos. No caso brasileiro, há indicações pelo lado da indústria de que tivemos uma nova redução do PIB no primeiro trimestre, o que pelo conceito mais simples implica dizer que entramos em recessão técnica. Mas esse é um debate que tem mais interesse acadêmico que prático, porque o objetivo da política econômica é estabilizar a situação e garantir a retomada, com crescimento do PIB em 2009.

Mas é viável uma taxa positiva em 2009?

Diante da queda na produção industrial, provavelmente revisaremos nossa projeção de crescimento para baixo, mas ainda com taxa positiva. Continuamos prevendo crescimento positivo por causa do estímulo dado pela política econômica nos últimos meses.

A recuperação é uma realidade ou um desejo?

É uma realidade. Os números, tanto da produção industrial quanto das vendas, mostram uma contração no final de 2008 e uma recuperação já no primeiro trimestre de 2009. Não é numa velocidade desejada, mas ainda assim é uma recuperação.

A maior participação do Estado na economia é um reflexo da crise ou veio para ficar?

A visão do Estado minimalista, de que o mercado por si só funciona bem, perdeu força. Há um movimento pendular em direção a uma maior participação do Estado, mas isso se traduz de diferentes formas. Em países que já possuem um estado de bem-estar social consolidado, como na Europa, temos um movimento temporário de aumento de participação do Estado para enfrentar a crise. Em outras economias avançadas, como nos EUA, há também mudanças estruturais, como a criação de um sistema de saúde pública universal. Já as economias emergentes, pelo próprio estágio de desenvolvimento, necessitarão de uma participação maior do Estado como indutor ou coordenador de investimentos.

Comparando com o resto do mundo, como foi a resposta da política monetária à crise no Brasil?

A mudança foi rápida e exigiu um realinhamento da política monetária. Em setembro, cinco dias antes da queda do Lehman Brothers, o Copom elevou a Selic em 0,75 ponto porcentual, pois naquele momento a preocupação ainda era a inflação e um suposto aquecimento da economia. A crise levou a uma nova estratégia, que começou com injeções de liquidez para aliviar a restrição de crédito externo, mas sem redução imediata da Selic por causa das preocupações com a taxa de câmbio. A Selic só foi cair em janeiro de 2009, quatro meses após a quebra do Lehman Brothers, quando ficou claro para todos que havia ocorrido uma grande queda no nível de atividade econômica no Brasil. Ainda que o timing da resposta possa ser criticado, o importante é que ela foi na direção correta e, pela primeira vez, desde a adoção do real, teremos uma taxa de juros de apenas um dígito.

A atual redução da taxa de juros é conjuntural ou permanente?

Estamos observando no Brasil o que os economistas chamam de mudança de regime, uma mudança permanente no patamar da taxa real de juros. Essas mudanças não ocorrem gradualmente, mas de maneira rápida. Em meados de 2005, o Brasil tinha uma taxa real de juros em torno de 12,5%. Em 2007, ela flutuou entre 7% e 8%, e agora estamos com uma taxa real de 5,5%. Acho que esse patamar tende a se manter depois da crise. E até já vemos um movimento forte de retorno de investimentos estrangeiros ao Brasil.

Quais fatores ainda dificultam a redução da taxa de juros?

Do lado externo, um eventual agravamento da crise tende a afetar as taxas de câmbio e de juros. Do lado interno, há a necessidade de adaptar a economia a uma situação de taxas de inflação e juros mais baixas. A transição para taxas mais baixas exige uma reformulação da nossa estrutura financeira, da qual a poupança é o caso mais evidente. Isso será feito gradualmente, sem gerar volatilidade no mercado.

A política fiscal é realmente anticíclica ou um reflexo passivo da crise, que provocou queda de arrecadação?

Pelas metodologias usuais de cálculo do impulso fiscal, a política brasileira se enquadra claramente como anticíclica. A queda na arrecadação está sendo acomodada por uma redução da meta de superávit primário. Se reduzíssemos o gasto público neste momento, isso só agravaria a queda no nível de atividade.O conjunto das ações fiscais do governo contribui para preservar a renda e o emprego.

Há críticas de que o tipo de gastos que aumentam são permanentes, como a despesa de pessoal e previdenciária.

Muito das críticas refletem uma resistência ao novo papel do Estado brasileiro como agente promotor da distribuição de renda, que atua como amortecedor contra a queda da demanda. Hoje, essas transferências respondem por 49% do gasto primário da União. Esse é o componente do gasto que mais cresceu nos últimos anos, mas de agora em diante deve se estabilizar em proporção do PIB. Já a expansão da despesa de pessoal é reflexo de uma estratégia de recomposição das carreiras de Estado.

O que pode mudar na economia com as próximas eleições presidenciais?

Existem mudanças estruturais nos últimos anos que vieram para ficar. O Estado ampliou seu papel como agente de distribuição de renda e indutor do crescimento. O desafio é consolidar essas mudanças e melhorar os serviços tipicamente públicos, como saúde, educação e segurança. Em vista da crise, por causa do colapso das bolsas e fundos de investimento, é preciso repensar qual a melhor forma de sistema previdenciário.

Como viabilizar uma reforma previdenciária?

O governo atual fez uma reforma no setor público, que precisa ser completada, com a criação do fundo de pensão dos funcionários públicos. O desafio é separar o que é previdência do que é assistência social e repensar os limites de idade e os critérios utilizados para concessão de benefícios. É preciso fazer a elevação gradual da idade mínima e garantir que o valor médio dos benefícios siga o aumento do salário médio da economia.

O maior peso estatal na economia não amplia os riscos de desequilíbrio fiscal?

É preciso separar os dois temas. O equilíbrio fiscal é compatível com diferentes funções e tamanhos do Estado. O que determina o tamanho do Estado, em um regime democrático, como o brasileiro, são as preferências dos eleitores - os serviços e as atividades que a sociedade considera que o Estado deve prover.

Como classificar a atual política macroeconômica do Brasil: heterodoxa, ortodoxa ou mista?

É uma política heterodoxa. Eu caracterizo a heterodoxia como uma política pragmática, em que você adapta suas respostas ao problema em questão. Enquanto a ortodoxia dá sempre a mesma resposta a qualquer problema, a heterodoxia dá respostas diferentes para diferentes problemas. Na prática, quase toda a política bem sucedida é heterodoxa.

Quem é: Nelson Barbosa

É Ph.D. em Economia pela New School for Social Research

É professor adjunto do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro

Foi secretário adjunto de Política Macroeconômica e Análise de Conjuntura, do Ministério da Fazenda, de 2006 a 2007

Foi assessor da Presidência do BNDES, de 2005

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Tributos, tributos e polêmica...

Devido a uma mudança no sistema contábil, a Petrobrás deixou de pagar à Receita Federal uma quantia superior a R$ 4 bilhões em impostos. Tal fato gerou grande polêmica, fazendo com que a Comissão de Assuntos Econômicos do Senado (CAE) interrogasse o presidente da companhia, José Sérgio Gabrielli, que explicou os ajustes contábeis realizados e afirmou que “o que aconteceu com todas as empresas brasileiras, não foi só com a Petrobrás, é que durante 2008 nós tivemos uma transição no sistema contábil". Este novo sistema, por sua vez, permitiu a redução da base de cálculo do Imposto de Renda e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido, a chamada CSLL.

O interessante é que esta alteração no sistema contábil teve aval do governo e dos ministros com assento no Conselho de Administração da estatal. Foi, na verdade, uma das maneiras que a empresa encontrou de manter os altos investimentos, em um período de crise. Segundo o senador Aloízio Mercadante (PT), "trata-se de uma política do governo para manter os investimentos. É melhor do que socorrer a empresa com dinheiro do Tesouro".

A questão é que a oposição se manifestou, afirmando que a Petrobrás se utilizou de uma brecha na legislação tributária e pode instalar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para avaliar as possíveis irregularidades na mudança do sistema contábil da estatal.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Edmar Moreira e o descaso com a opinião pública!

Edmar Moreira, deputado proprietário do castelo avaliado em R$ 25 milhões, conseguiu um aliado no Conselho de Ética, Sérgio Moraes do PTB-RS. Moraes afirmou que não há motivos para que Edmar seja condenado. Ele usou o mesmo argumento que Michel Temer, presidente da Câmara, utilizou no caso das passagens áreas. Como não há nada na lei especificando como deverá ser o uso da verba indenizatória, o deputado poderá utilizá-la como bem entender.

Moraes afirmou “estou me lixando para a opinião pública, até porque parte da opinião pública não acredita no que vocês escrevem. Vocês batem, mas a gente se reelege”. Com isso ele quis dizer que os jornais pouco influenciam a opinião do povo brasileiro pela falta de credibilidade por estes transmitida. Acontece que os jornais, telejornais ou rádio, sem contar com a Internet, são as maneiras que temos para obter informações. Estas, ao contrário do que o deputado disse, influenciam sim no nosso processo de tomada de decisão, no caso, o voto.

O Papa Bento XVI visita a Terra Santa!


O papa Bento XVI realizará visita ao oriente médio com o intuito de acabar com os conflitos existentes na região. Ele pretende realizar a aproximação entre as três religiões monoteístas: cristianismo, judaísmo e islamismo. Bento é o terceiro papa a visitar a Terra Santa. A primeira viajem à região, por um pontífice, ocorreu em 1964. Ele irá realizar a visita como líder da Igreja Católica e também como chefe de Estado do Vaticano. Esta dualidade fará com que o papa não vá à região como peregrino em busca de mais seguidores religiosos, porém como Chefe de Estado que busca uma solução para a região.

Essa atitude do papa mostra um posicionamento diferente do Vaticano em relação a Israel. Antigamente, a solução que este país tinha era a internacionalização de Israel. Atualmente, é a aproximação das diferentes religiões. Quem sabe isso não venha ajudar na busca pela paz na região?

terça-feira, 5 de maio de 2009

Benefício de Prestação Continuada....

Enquanto o Bolsa Família prioriza as atenções da sociedade, um outro programa de transferência de renda, o BPC (Benefício de Prestação Continuada), cresce aceleradamente e seus gastos já representam 0,48% do PIB (Produto Interno Bruto), ou seja, tudo aquilo que foi produzido em 2008.

O benefício consiste no pagamento de um salário mínimo a idosos e deficientes com renda per capita familiar inferior a um quarto de salário mínimo. Em 2008, o governo gastou com o programa R$ 13,8 bilhões (mais do que os R$ 10,6 bilhões do Bolsa Família) para atender 1,5 milhão de deficientes e 1,4 milhão de idosos.

Apesar de considerar que o programa é bem focalizado (a maioria dos beneficiados são pessoas realmente pobres, o que tem impacto significativo na redução da pobreza dessas famílias), o TCU (Tribunal de Contas da União) estima que ao menos 10% receberam irregularmente o benefício

quinta-feira, 30 de abril de 2009

Recomendação de leitura...



Hoje eu terminei de ler um livro, O Recurso, de John Grisham.

Este livro é um romance que faz fortes críticas às instituições do sistema judiciário norte-americano, mostrando como estas são corruptíveis. O livro nos faz parar para pensar a respeito dos ideais de justiça e da imparcialidade do Poder Judiciário.

A história gira em torno de uma grande empresa que perde um processo milionário no Mississipi e é condenada a pagar valores exorbitantes de danos morais e multa punitiva. Em seguida, as ações da corporação caem e ela ingressa com um recurso na Suprema Corte do Mississipi. Prevendo um resultado desfavorável, Carl Trudeau, executivo da empresa, se utiliza de meios obscuros para modificar um dos juízes, através do processo eleitoral. Sim, eleitoral, pois lá nos EUA (Estados Unidos da América) os juízes do Mississipi são eleitos, havendo até campanha política. Bom, o resto eu não vou contar, para não acabar com a graça do livro.

Fica então a recomendação da leitura, que mostra que países sérios também apresentam problemas. John Grisham é escritor e colecionador de Best Sellers, entre eles A Firma, O Dossiê Pelicano, O Júri e O Cliente, além de muitos outros.

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Problemas à frente...


A ministra da Casa Civil Dilma Rousseff identificou um gânglio abaixo da axila esquerda, ao comparecer a um exame de rotina. A ministra atravessou uma cirurgia e está passando bem. A biopsia feita mostrou ser um linfoma, ou seja, um câncer do sistema linfático. No entanto, terá que fazer quimioterapia durante quatro meses e ter acompanhamento médico, para ver se o câncer não retornará.

Lula disse que a ministra passa bem e que não ela “não tem mais nada”. Declarou, também, que a rotina da Dilma não deverá ser afetada.

A saúde de Dilma pode se tornar um grande problema para o PT (Partido dos Trabalhadores), que não possui outro nome forte para a presidência da República. Segundo o líder do PMDB (Partido do Movimento Democrático Brasileiro) na Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves, "tudo vai depender do estado de espírito dela, de como ela encara. Estou otimista. Mas, se tiver um problema com a Dilma, será um problema para o PT e para o PMDB”. Sendo assim, o PT corre o risco de ficar sem candidato expressivo, podendo até não lançar ninguém e apoiar outro partido. Mas por enquanto a ministra passa bem e continua como a favorita do partido para a presidência. Surge, porém, a importância de um nome forte para a vice-presidência!

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Enquete ecerrada!!

Nossos leitores acompanharam e votaram na enquete, para definir o assunto mais procurado no blog. Economia venceu com 34% dos votos, seguido por Atualidades, com 29%. Confira o resultado:

Atualidades: 14 votos (29%)
Cultura: 07 votos (14%)
Economia: 16 votos (34%)
Política: 10 votos (21%)

Imposto de renda

Esta é a última semana para fazer as declarações do Imposto de Renda. Com isso, surgem várias dúvidas a respeito de alguns termos presentes na declaração. Para resolver este problema, o Portal G1 , preparou um glossário. Basta abri-lo e ver o que determinada palavra ou expressão significa. Para acessar, clique no link:

Glossário sobre o Imposto de Renda!

Mudanças na caderneta de poupança!


O governo está estudando mudanças na caderneta de poupança. Isto ocorre, pois uma possível diminuição da taxa básica de juros da economia (SELIC) tornaria outros investimentos menos atraentes, fazendo com que vários investidores migrem para a poupança.

O presidente Lula afirmou que “na medida em que você começa a cair a taxa de juros, você precisa ter um equilíbrio porque senão não é mais poupança, passa a ser investimento. Daqui a pouco as grandes multinacionais vão querer colocar dinheiro na poupança. Por isso, nós precisamos ter cuidado para não quebrar um sistema que funciona adequadamente”.

Mas qual seria o grande problema de as empresas investirem em poupança? É que elas irão retirar dinheiro do mercado financeiro, dos fundos de investimentos e de aplicações de renda fixa e isso tem um grande impacto econômico, uma vez que isto pode prejudicar o financiamento público.

Em resumo, "o governo tem que fazer medidas que mantenham a atratividade da poupança e dos fundos. Porque poupança é um dos grandes financiadores de recursos para a habitação. E se penalizar demais os fundos, passa a ter dificuldade de financiamento público”, como disse Miguel de Oliveira.

sábado, 25 de abril de 2009

Embargo econômico.

Cuba vem sofrendo embargo econômico desde 1962, imposto pelos EUA (Estados Unidos da América) durante a Guerra Fria, em decorrência da descoberta de mísseis na ilha, apontados para o país norte americano. Em virtude disso, o ex-presidente J. F. Kennedy decretou embargo comercial a Cuba. Em 1989 ocorreu o fim da Guerra Fria, porém o bloqueio foi mantido.

Hoje, a existência do embargo está sendo questionada não apenas por Cuba, mas pelos demais países da América Latina. A mentalidade é que não faz mais sentido manter a restrição, uma vez que a Guerra Fria terminou.

Acontece que, na década de 1990, o embargo ficou mais rígido, aumentando as restrições contra a ilha. No entanto, ao contrário de seus antecessores, Barack Obama, presidente dos Estados Unidos, está disposto a negociar o fim deste bloqueio. Ainda há muita resistência no país contra o término deste, porém os EUA estão se tornando mais flexíveis quanto ao seu relacionamento com Cuba.

Fidel Castro, ex-presidente cubano, disse que, embora os EUA tenham flexibilizado suas relações com a ilha, ainda há muitas outras restrições que têm que ser retiradas. Raúl Castro, atual presidente de Cuba, afirmou estar disposto a negociar com os EUA o fim do embargo econômico à ilha.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Economiadas!

O economiadas é um dos maiores eventos universitários do país. Neste ano ele aconteceu no município de Americana, do dia 17 ao dia 21 de abril e atraiu cerca de 10.000 estudantes.

O evento é organizado por 8 universidades (USP, FGV, IBMEC, PUC-SP, ESPM, MACKENZIE, UNICAMP e FECAP) e envolve jogos e festas. Ao todo são mais de 15 modalidades de esporte e 3 dias de festas e comemoração.

Mas a importância dele vai muito além do lazer. O economiadas é extremamente importante para a cidade, pois ele movimenta o comércio local, através de hospedagem em hotéis, aluguéis de chácaras, gastos em restaurantes, supermercados etc. Não há um número exato a respeito de quanto dinheiro tenha sido movimentado, mas há estimativas que falam de R$ 3 a 5 mi. Dá-lhe economiadas!!!